O setor industrial de Mato Grosso cresceu 4,4% no mês de janeiro, registrando segundo melhor índice do país, atrás do Amazonas, que subiu 16,7%.
O desempenho das indústrias no Estado também foi positivo na comparação com janeiro de 2023, com alta de 9,5%, e no acumulado dos últimos 12 meses em 7%.
Entre os segmentos que elevaram a produção do Estado estão a fabricação de produtos minerais não metálicos (vidro, cimento, gesso, cerâmica, barro cozido, dentre outros), com alta de 27,9% em janeiro em relação a dezembro.
Em seguida, a indústria alimentícia (16,2%), produtos químicos (15%) e de bebidas (12,9%).
As informações são do Centro de Dados Econômicos (DataHub MT), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), com base na Pesquisa Indústria Mensal Regional (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgada na última quarta-feira (13).
A indústria de alimentos é um dos setores que estão em crescente, desde o ano passado.
Em 2023, o abate de bovinos em Mato Grosso representou 17,4% de participação nacional, levando “ao gancho” cerca de 5,9 milhões de animais.
Para se ter uma ideia, em fevereiro de 2024, foram abatidas 579,52 mil cabeças bovinas, sendo 324,99 mil fêmeas, acima da média dos últimos 10 anos, utilizando maior capacidade das 54 plantas frigoríficas do Estado.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, esse dinamismo do setor industrial tem relação também com os incentivos fiscais, por meio do Programa Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).
Entre 2020 e 2023, o número de indústrias incentivadas aumentou 61%, passando de 591 para 954.
Atualmente são cerca de 1,2 mil enquadradas dentro do programa. No período de dois anos também foi registrado aumento de 15,4% na geração de empregos nas indústrias incentivadas, ou seja, 9.261 a mais de vagas.
O secretário César Miranda destacou que, semanalmente, o governo do Estado é procurado por empresas interessadas em se instalar em Mato Grosso, inclusive, por missões internacionais chinesas, como ocorreu no início de março com a visita de gestores da empresa chinesa Anhui Guangxin Agrochemical CO.
Além disso, segundo ele, a expectativa é de aumentar ainda mais a procura com a finalização da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), em Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá).
No dia 21 de março será assinado o alfandegamento junto à Receita Federal.
ariana Peres
Diário de Cuiabá