De acordo com dados do Monitor RGF de Recuperação Judicial no Brasil, uma plataforma que reúne dados sobre a saúde dos setores da economia brasileira a partir da quantidade de companhias em Recuperação Judicial – desenvolvido pela consultoria RGF & Associados –, Mato Grosso fechou o 3º trimestre de 2023 na quinta posição nacional em número de empresas em Recuperação Judicial.
O Estado fechou com 156 empresas, conforme o Índice de Recuperação Judicial (IRJ-RGF).
O Monitor levanta dados trimestrais e possibilita a apresentação do Índice de Recuperação Judicial (IRJ-RGF), que indica a quantidade de companhias em Recuperação Judicial a cada mil empresas, com visões por região, estado e setor.
Para chegar a esses dados, o Monitor RGF avaliou mais de 2,1 milhões de empresas, que são as matrizes de empresas ativas de pequeno, médio e grande portes.
O Monitor revela que o estado tem o índice de 2,99, bem acima da média nacional do período em 1,79.
Goiás exibe o maior indicar nacional do período: 5,17.
Mato Grosso vem na segunda posição regional, seguido pelo Distrito Federal, 1,18 e Mato Grosso do Sul, 1,04.
Ainda em relação a Mato Grosso, o ramo de atividade das empresas em processo de Recuperação Judicial, na maior parte dos casos, é da cadeia do agronegócio.
Somente considerando o 3º trimestre, das 156 empresas listadas, 35 têm como atividade o cultivo da soja.
Outras seis, à criação de bovinos, criação de bovinos de corte com quatro empresas, frigoríficos com mais quatro empresas, relacionadas ao couro outras duas, comércio de defensivos são duas e do algodão, mais uma.
O Índice RGF de Recuperação Judicial (IRJ-RGF) nacional se manteve estável, ou seja, a proporção de empresas em Recuperação Judicial (RJ) em relação ao total de empresas ativas não teve variação significativa, saindo de 1,80 empresas a cada mil no 2º trimestre para 1,79 no 3º trimestre de 2023.
A quantidade total de empresas em Recuperação Judicial no país aumentou em 49, saindo de 3.823 para 3.872, enquanto a base total de empresas cadastradas aumentou em aproximadamente 40 mil, saindo de 2,12 milhões para 2,16 milhões.
O Estado do Rio Grande do Sul sofreu o maior aumento do número de empresas em Recuperação Judicial, saindo de 262 no 2º trimestre e subindo para 288 no último período.
BRASIL – Das empresas que saíram do processo de Recuperação Judicial, ao longo do 3º trimestre deste ano, 54% retornaram a operar sem a supervisão judicial, uma vez que estavam cumprindo o plano satisfatoriamente.
O mesmo levantamento apontou que das demais empresas que saíram do processo,27% tiveram seu registro baixado/encerrado e 13% apontadas como falidas.
“Até hoje, o mercado não dispunha informações sobre o paradeiro das empresas depois da Recuperação Judicial e o Monitor RGF preenche essa lacuna. A partir de agora os quatro resultados anuais do Monitor trarão esse panorama dividido em três grupos: Retorno da operação, Inatividade da empresa e Falência”, conta Rodrigo Gallegos, sócio da RGF, especialista em reestruturação e recuperação judicial.
Mariana Peres
Diário de Cuiabá