A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou liberdade ao padre Nelson Koch, 54, acusado de pedofilia. A decisão é do dia 13 de junho e nega o recurso contra negativa do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A defesa do suspeito argumentou irregularidades no processo e risco ao religioso, que tem problemas de saúde. Propôs que ele respondesse às acusações em regime domiciliar, com medidas cautelares alternativas ao regime fechado.
Porém, a magistrada não acolheu os argumentos e manteve a prisão do padre.
“De qualquer modo, não comprovada a situação de vulnerabilidade concreta do paciente e inexistentes indicativos de negligência de medidas mitigadoras/preventivas quanto à sua saúde por parte do estabelecimento prisional. Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF). Determino que seja retificada a autuação, a fim de inserir o nome completo do paciente”, diz trecho da decisão da suprema corte.
O caso
O padre foi preso em 17 de fevereiro deste ano, pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e do Idoso de Sinop (500 km ao Norte), acusado de estupro de vulnerável e importunação sexual. Solto em seguida, ele foi detido, novamente, em março.
O padre começou a ser investigado após a denúncia da mãe de um jovem de 15 anos, que começou a trabalhar na igreja em 2021.
Segundo ela, desde o ano passado o menino tem sofrido abusos sexuais praticados pelo religioso. Além disso, afirmou ainda que os crimes ocorreram em períodos diferentes, desde que ele tinha 7 anos. A vítima confirmou os abusos, assim como outro menor, este de 17 anos.O padre Koch atuava na Paróquia São Cristovão e já tentou ingressar na carreira política.
Jessica Bachega
Gazeta Digital