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11/09/2024

Geral

CASO ZAMPIERI Juiz manda retirar tornozeleira e devolve registro de porte de arma a empresária investigada por homicídio

Foto reprodução

O juiz Wladimir Perri, da 12ª Vara Criminal, anulou as medidas cautelares aplicadas à empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, que chegou a ser presa sob suspeita de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, mas foi solta por falta de provas. A ordem, proferida nesta sexta-feira (23), determinou a retirada da tornozeleira eletrônica e mandou devolver o registro de porte de arma à Gontijo.

Perri considerou que sua libertação não colaria em risco a Ordem Pública, ou que ela poderia, eventualmente, atrapalhar o andamento do processo ou que se furtaria da aplicação da lei penal em eventual condenação.

“De modo que neste momento, ao meu ver, a aplicação das medidas alternativas à segregação se mostra completamente descabidas para os fins cautelares a que se destinam. Por tais considerações, defiro o pedido formulado pela defesa e revogo todas as medidas cautelares anteriormente determinadas, motivo pelo qual, determino a remoção do monitoramento eletrônico e restabelecimento do Passaporte e CAC em nome da investigada Maria Angélica Caixeta Gontijo”, proferiu o juiz.

Na ordem, o magistrado considerou “verdadeiro estardalhaço” causado pela mídia em relação à suposta participação de Maria Angélica na execução, com sua identidade noticiada por diversos veículos de comunicação. Ocorre que, após análise dos elementos probatórios anexados na investigação, a autoridade policial não conseguiu estabelecer quaisquer vínculos entre ela e os executores e financiadores.

Zampieri foi morto no dia 5 de dezembro, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Antônio  aguardou a vítima embaixo de uma árvore, por aproximadamente uma hora.

Quando Roberto saiu do escritório e entrou na picape Fiat Toro, foi surpreendido pelo atirador, que efetuou pelo menos dez disparos. Na ocasião, o jurista estava com R$ 11 mil no bolso.

A ação do criminoso foi registrada por câmeras de segurança instaladas em prédios residenciais. Nas gravações, é possível visualizar o atirador com uma caixa usada para tentar camuflar o armamento e abafar o som dos tiros. O objeto foi encontrado em frente a outro escritório de advocacia que fica nas proximidades.

Maria Angélica chegou a ser presa sob suspeita de ser a mandante do crime. No entanto, foi solta por falta de provas. Em janeiro, o juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquérito Policiais (NIPO), determinou sua soltura. Na ocasião, a defesa de Maria apontou que a empresária se entregou voluntariamente e, conforme o juiz, não havia mais elementos concretos aptos a ensejar na prorrogação da sua prisão.

Pedro Coutinho e Luis Vinícius

Olhar Direto

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