O Vice-governador eleito, Otaviano Pivetta (PDT) defendeu, nesta terça-feira (6), o corte de 50% dos cargos de “confiança” em Mato Grosso. Segundo ele, atualmente existem 7 mil desses cargos, os chamados DAS.
“Nos últimos anos, houve um aumento substantivo de contratações por meio desses cargos. Precisamos reduzir isso ao máximo. Creio que seja possível cortar, no mínimo, 50% desses cargos”, afirmou.
Segundo Pivetta, os cargos de confiança existem para que os contemplados sejam “difusores das políticas públicas e, ao mesmo tempo, olheiros permanentes, que catalisem os problemas, os remetam aos secretários que, por sua vez, levem ao governador.”
“Um sistema com 7 mil cargos de confiança não funciona. É impossível fazer uso dessa massa de pessoas, com o controle devido. Sempre digo que para fazer o cheque é preciso saber da onde vem o dinheiro”, disse.
“Precisamos enxugar, tratar o erário com austeridade. Temos que dar o exemplo para podermos começar uma grande mudança no Estado. E, hoje, o Estado está composto por muitos cargos que não têm função… Por gente que não sabe da onde vem o dinheiro. Isso causa um desarranjo geral”, afirmou.
“Recebemos essa ordem”
Segundo Pivetta, um dos coordenadores da transição, ele e o governador eleito Mauro Mendes (DEM) pregaram o enxugamento da máquina durante todo o processo eleitoral.
“Falamos isso para a sociedade, que iríamos fazer essas adequações, tornar o Estado eficiente, melhorar o serviço de educação, de saúde, de segurança e infraestrutura… Então, nós recebemos essa ordem das urnas e estamos identificando todos os pontos possíveis de serem cortados, pois precisa sobrar recursos para investimentos”, pontuou.
Pivetta, que descartou assumir o comando de secretaria na gestão, disse que a equipe de transição está “mapeando todos os ralos” da máquina estadual.
“Temos que eliminar todo o desperdício e implantar a qualidade do gasto público. Isso é indispensável para que o Governo comece bem e prospere ao longo dos próximos anos”, disse.
Ele também criticou o “desarranjo das instalações públicas, a má acomodação dos servidores em prédios alugados para tudo quanto é lado, desnecessariamente”.
“A falta de produtividade é perceptível, porque o Estado não está conseguindo suprir as demandas nas áreas básicas, mesmo tendo as condições para isso”, disse.
De acordo com Pivetta, é possível implantar uma nova gestão com eficiência. “Precisamos equacionar o problema através de gestão simples, objetiva, e de maneira a envolver a nossa força de trabalho no setor público. Vamos utilizar ao máximo a mão de obra qualificada do pessoal de carreira, especialmente, e que hoje não é usada de modo adequado. O desafio é grande, mas vamos começar do início”, afirmou.
Fonte – MídiaNews
