Conhecido como o mês da cor amarela, que remete à conscientização sobre a saúde mental, setembro é momento de reforçar a divulgação de informações sobre a importância do acompanhamento psicológico. O episódio “Alerta Invisível” contou com a participação de três especialistas: Fabricia Signorelli, mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e psiquiatra do ambulatório de TDAH do adulto do Departamento de Neurologia da Unifesp; a psiquiatra Carmita Abto, professora de Medicina da Universidade de São Paulo; e o dr. Michael Haddad, professor da Residência Médica do Hospital do Servidor Público Estadual (IAMSPE). O videocast é apresentado pelo psiquiatra Jairo Bouer.
Os jovens têm sido o público com maior vulnerabilidade quando falamos de questões psicológicas. A dra. Fabricia Signorelli faz um alerta sobre os sinais que precisam ser observados pelos pais. “Mudanças de comportamento e no padrão alimentar, queda do rendimento escolar, às vezes agressividade e uma hostilidade que antes não existia, seguida pela perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas. Nem sempre reconhecer esses sinais é uma tarefa fácil para os pais”, detalha a especialista.
As mulheres também se enquadram neste quadro de suscetibilidade, já que elas passam por muito mais episódios com tendência à depressão, como na fase pré-menstrual, gestação, puerpério, climatério e menopausa. Todas essas situações têm algo em comum: a queda nos níveis dos hormônios femininos, momento em que a depressão pode ser desencadeada em mulheres com predisposição. No entanto, assim como outras doenças, ela também pode ser prevenida. As recomendações incluem dormir mais e melhor, aumentar a exposição ao sol e manter um estilo de vida saudável com a prática regular de atividades físicas.
Outro grupo que precisa de atenção sobre esse tema são os homens, diz a dra. Carmita Abto. Ela esclarece que os diagnósticos masculinos e femininos têm merecido um olhar mais criterioso da psiquiatria, uma vez que o quadro de depressão pode se apresentar de maneira diferente. “Os homens falam menos, choram menos e têm menos tendência a se isolar. Mas será que a depressão masculina não está na irritabilidade e na agressividade? São critérios que não estavam sendo levados em consideração e, agora, começamos a pensar que o homem também se deprime tanto quanto a mulher, provavelmente”, completa a médica.
“Todos nós passamos por dificuldades, e é natural, às vezes, ter uma reação negativa. Porém, quando o sofrimento e os sintomas negativos persistem por um tempo e começam a impactar o funcionamento do indivíduo, o impedindo de manter uma rotina, relações sociais, trabalho e estudos, aí temos um sinal de alerta. Esse impacto pode indicar um transtorno, por isso, ao menor sinal, é essencial buscar acompanhamento médico especializado”, finaliza o Dr. Michael Haddad.
Confira mais detalhes do episódio em https://www.youtube.com/watch?v=zoTtyA_mZh4
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