O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), em parceria com a Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação vai realizar, nesta sexta-feira (24), a partir das 8h, a VII Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. O evento será durante todo o dia, para mais de 250 crianças e adolescentes atendidos pelos projetos sociais das instituições vinculadas à pasta. Entre os temas abordados na conferência, estarão os reflexos da pandemia da Covid-19 na vida das crianças e adolescentes, além do debate sobre o pleno acesso deles às políticas sociais durante e após a pandemia.
A secretária de Assistência Social, Trabalho e Habitação, Scheila Pedroso, lembra que durante a pandemia muitas famílias com crianças e adolescentes tiveram a renda diminuída, pois os pais ficaram desempregados e isso refletiu diretamente na vida deles, ocasionando restrição alimentar, por exemplo. “A pandemia deixou sequelas na vida das pessoas, com as crianças e adolescentes não foi diferente, principalmente para aqueles que estão em situação a vulnerabilidade social, por isso precisamos aproveitar esse momento para mensurar esses efeitos, desde a fome, a violência, até a restrição do acesso aos serviços”, destacou.
O evento contará com a participação do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), além do Conselho Tutelar e estudantes de psicologia da Unifasipe. O debate será feito em torno de cinco eixos temáticos: o primeiro voltado à promoção e garantia dos direitos humanos das crianças e adolescentes e o segundo acerca do enfrentamento das violações e vulnerabilidades resultantes da pandemia.
O terceiro eixo vai debater a ampliação e consolidação da participação de crianças e adolescentes nos espaços de discussão e implantação de políticas públicas para defesa dos seus direitos, já o quarto discutirá a participação da sociedade nesse processo e, por fim, o quinto eixo vai discutir a garantia de recursos para que essas políticas públicas sejam implantadas.
De acordo com a coordenadora da Casa dos Conselhos, Marcia Schwambach, a Conferência será fundamental para identificar os reflexos dos casos de violações e vulnerabilidades ocorridos durante e após a pandemia com crianças e adolescentes de Sinop. “Fomos em busca dos segmentos mais atingidos, o público das medidas socioeducativas, instituições de acolhimento e orientação, como é o caso do CAOPA, que faz o contraturno. Nosso objetivo é conseguir elencar as ações necessárias para reparação e garantia de políticas de proteção integral desse público e promover ampla mobilização social nas esferas municipais, estaduais e federal, para melhorar a qualidade de vida deles”, afirmou.
Durante a Conferência, as crianças e adolescentes participarão dos debates e serão ouvidas pelos coordenadores de cada eixo temático. “Eles vão integrar os grupos de trabalho de cada eixo, previamente selecionados, cada instituição vai entrar com eixo que melhor se adequar. Queremos ouvir o que elas esperam. Na verdade vão elencar propostas de melhoria, do que elas acreditam que seja melhor para elas hoje, afim de sanar um pouco dos reflexos negativos vivenciados após a pandemia, pois os resultados vêm agora, muitas crianças presenciaram violências dentro de casa nesse período”, completou a coordenadora.