O ex-deputado Roberto Jefferson, escreveu uma carta de dentro do presídio Bangu 8, onde se encontra preso, para se licenciar da presidência nacional do PTB. No comunicado, Jefferson acusa o deputado federal Emanuelzinho (PTB) de participar de um complô para tomar o comando da sigla, e o acusa de 'dissimulado', 'mentiroso' e 'canalha'.
Na carta encaminhada no último dia 22 de outubro, Jefferson diz que Emanuelzinho, juntamente com os deputados Nivaldo Albuquerque (PTB-AL), Pedro Geromel (PTB-CE), Wilson Santiago (PTB-PB), José Costa (PTB-PA) e Antônio Albuquerque (PTB-AL), inciaram um movimento 'conspiratório' para tomar o controle do partido e administrar o Fundo Partidário de R$ 20 milhões que a sigla tem em caixa.
"Formou-se um grupo conspiratório, após minha prisão, que sendo minoria sem peso na Convenção ou Diretório, tentou levar para o judiciário pretensões que não resistem ao mínimo enfrentamento no Partido, foro adequado para essa querela, diz trecho da carta antes de criticar cada parlamentar.
"Quanto ao Emanoelzinho, é zinho mesmo, quero lembrar uma passagem bíblica, os frutos revelam a árvore. Árvore ruim fruto ruim. Quem sai aos seus não degenera. O Zinho Emanoel, sempre que testado dissimulou; sempre que dissimulou mentiu; sempre que mentiu traiu um compromisso conosco. Uma pena, tão jovem, tão canalha", diz trecho da carta após ter criticado os demais parlamentares .
Às críticas contra Emanuelzinho se deve após ele ter assinado junto com demais parlamentares petebista uma ação na justiça, pedindo o controle do Fundo Partidário da legenda, alegando mal uso dos recursos. "Ao final, pesquisem as contas de outros partidos. Suas despesas com jatinhos, alugueres, hotéis restaurantes e salários. Principiem pelos partidos de esquerda, depois os sociais democratas, os pragmáticos ( MDB) e os ditos liberais. Divirtam-se. Depois comparem com as contas do nosso PTB", rebate Jefferson.
“Percebo a necessidade de uma presença mais próxima da gestão partidária, que por razões óbvias eu não tenho podido assumir. Essa semana dois contratos que precisavam ser assinados, eu não pude fazê-lo, pois a Administração Penitenciária não autorizou. Autoriza que eu assine procurações, mas contratos contrariam a norma interna da Secretaria Penitenciária. Assinar é falta grave”, disse em outro trecho justificando o seu licenciamento da presidência.
Outro lado
Reportagem procurou o deputado Emanuelzinho e foi informada de que ele se manifestará em breve.
Veja a carta na íntegra:
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Fonte – A Gazeta
