O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Mato Grosso, Ozair Nunes Bezerra, protocolou às 15h42 desta quinta-feira (04), no setor de protocolos da Casa Civil do Governo em Cuiabá, o manifesto assinado pelos presidentes das 58 CDLs (Câmaras de Dirigentes Lojistas) do estado.
Eles pedem ao governador Mauro Mendes, que flexibilize imediatamente as medidas do Decreto Estadual 836, válidas desde o início do mês, que impõe medidas restritivas, diante da Pandemia do Covid 19.
“É um clamor de toda classe empresarial no Estado, representada pelas CDLs, que buscam o direito de trabalhar. Não podemos combater a pandemia sem trabalhar. O caos na saúde pública não pode gera ônus somente aqueles que geram empregos, que pagam os impostos e tem colaborado com as medidas de segurança. Podemos precaver, mas de formas mais flexíveis”, disse Ozair após protocolar o requerimento, número 97692/2021.
As medidas do governo entraram em vigor dia 3 de março e valem para 15 dias.
As atividades econômicas estão suspensas das 19h às 5h, de segunda à sexta. A exceção é para os serviços essenciais como as farmácias, serviços de saúde, funerárias, transporte de alimentos e grãos, serviços de manutenção de atividades essenciais de água, energia e telefone, postos de gasolina (menos as conveniências), indústrias, sempre respeitando o distanciamento e limitação de 50% da capacidade máxima do local.
Toque de recolher é a partir das 21h até às 5h, com proibição de circulação.
Conforme o presidente da CDL de Sorriso, Alcionir Paulo Silvestro é preciso enfrentar a Pandemia, mas não sacrificar somente um segmento.
“Até parece que as empresas é que são as culpadas pela disseminação do vírus, sendo que todas mantém os protocolos de segurança em seus estabelecimentos. Deve haver sim, mais conscientização da população para que diminua a onde de contaminação, mas não se pode tirar o direito de quem precisa trabalhar, gerar empregos e pagar seus compromissos”, justificou.
Para Thiago Sperança, presidente da CDL de Rondonópolis, esta luta inédita, encabeçada pelas CDLs do Estado, é um marco para as entidades.
“Esta é uma ação coletiva, pensada pelo e para o coletivismo. A culpabilização dos diversos segmentos da economia mato-grossense já se mostrou, em 2020, ineficaz no combate à pandemia da Covid-19.
O resultado concreto, na contramão do que se esperava, foi o fechamento de empresas, a perda de empregos e sem nenhum resultado prático que impactasse, verdadeiramente, na redução dos casos de Covid-19 no Estado. O que precisamos levar em conta nesta luta é a que custo as restrições são impostas às categorias e em quais critérios se baseiam tais medidas. Do ponto de vista econômico o resultado pode ser catastrófico e, do ponto de vista da Saúde e da contenção, ineficiente”, disse.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Lucas do Rio Verde, Petronílio de Souza defende a flexibilização principalmente no horário de funcionamento do comércio, especialmente aos finais de semana.
Ele observa que a flexibilização do horário, em especial aos sábados, pouco afetará as normas de segurança sanitária. “Ao contrário: a flexibilização da abertura do comércio em maior período contribuirá para que não haja aglomeração nos comércios, o que deve acontecer com o horário reduzido”, observou.
As CDLs pedem que ao governo, que o comércio funcione ao menos até às 22h, e domingo até às 14h. Já o toque de recolher seja das 23h às 5h.
Uma estimativa feita pelas entidades de classe, aponta que bares e restaurantes, sejam atingidos 23.233 empregos diretos e 46.466 empregos indiretos, podendo trazer um prejuízo ao PIB do Estado R$ 360 milhões, pois o segmento representa 63,3% do Produto Interno Bruto de Mato Grosso.
Fonte – Assessoria