Em post em suas redes sociais na manhã desta quarta-feira (20), o Presidente da República Jair Messias Bolsonaro afirmou que o leilão de concessão da Ferrogrão acontecerá este ano (2021). A Ferrogrão vai criar uma integração entre ferrovias-hidrovias e portos, indo de Sinop/MT até o Porto de Miritituba/PA.
O investimento previsto é de R$ 8.4 bilhões, e a concessão de 69 anos para a empresa vencedora. A Ferrogrão, foi qualificada no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) por meio da Resolução nº 2, de 13/09/2016, convertida no Decreto 8.916, de 25/11/2016.
O projeto visa consolidar o novo corredor ferroviário de exportação pelo Norte do Brasil. A ferrovia conta com uma extensão de 933 km, conectando a região produtora de grãos de Sinop ao Estado do Pará, desembocando no Porto de Miritituba. Estão previstos, também, o ramal de Santarenzinho, entre Itaituba e Santarenzinho, no município de Rurópolis/PA, com 32 km, e o ramal de Itapacurá, com 11 km.
Quando finalizada, a Ferrogrão terá alta capacidade de transporte e competitividade no escoamento da produção pelo Norte, papel esse que, hoje, é desempenhado pela rodovia BR-163. O corredor a ser consolidado pela EF-170 e a rodovia BR-163 consolidará uma nova rota para a exportação da soja e do milho no Brasil.
O projeto é um importante fator de desenvolvimento da infraestrutura logística das áreas agricultáveis localizadas no Estado de Mato Grosso, possibilitando à região uma maior eficiência no escoamento da produção, a menor custo logístico, promovendo ganhos significativos de produtividade e reduzindo a necessidade de abertura de novas áreas.
O trecho cumprirá um papel estruturante para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do Estado do Mato Grosso, prevendo-se ainda o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo.
Hoje, mais de 70% da safra mato-grossense é escoada pelos portos de Santos/SP e de Paranaguá/PR, a mais de dois mil quilômetros da origem.
Para a modelagem da concessão, está sendo adotado o modelo vertical de exploração da ferrovia, no qual uma única empresa é responsável pela gestão da infraestrutura e prestação do serviço de transporte.