Deputados aprovaram com 21 votos favoráveis e 3 votos contrários, em primeira votação, o Projeto de Lei que autoriza o Governo de Mato Grosso a realizar um empréstimo de US$ 56 milhões, o que equivale, nesta sexta-feira, a R$ 320,88 milhões. A pauta foi apreciada durante sessão extraordinária desta sexta-feira (8).
“Autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, no âmbito do Programa de Apoio à Gestão dos Fiscos do Brasil – PROFISCO, a oferecer garantias, e dá outras providências”, diz trecho do projeto.
De acordo com executivo, o valor será destinado para investimentos para aprimorar a gestão contábil e financeira do Estado, melhorar a administração dos tributos fiscais entre outras tecnologias. Ao solicitar o empréstimo, o governador Mauro Mendes (DEM) justificou que, a crise financeira com receitas estão sendo insuficientes para cobrir os gastos e reduziu a capacidade do Estado realizar novos investimentos com recursos próprios.
Contudo, o pedido não foi visto com bons olhos por alguns parlamentares. O deputado Ulysses Moraes (PSL) enfatizou que essa não seria a prioridade para o momento. “Na mesma ordem do dia que tem aumento de salário, tem também um pedido de empréstimo e a justificativa deste empréstimo diz que o Estado de Mato Grosso está atravessando uma crise financeira e que as receitas obtidas estão sendo insuficientes para cobrir os gastos”, observou, numa referência a proposta que aumenta salários nas autarquias estaduais. Além de Moraes, votaram contra o empréstimo os deputados Lúdio Cabral (PT) e Valdir Barranco (PT).
Já o deputado Wilson Santos (PSDB) avaliou que o montante será importante para aprimorar a desenvolver os sistemas de automação da gestão estadual e fiscalização de desvios fiscais em Mato Grosso. Para ele, os recursos serão importantes para aumentar a arrecadação e melhorar a máquina pública.
“Isso é a implantação do Governo Digital, esse é o caminho, a tecnologia. Tecnologia para combater a sonegação, tecnologia para aperfeiçoar e atingir as metas estratégicas. Nenhum estado ficará por fora desse programa”, finalizou.
