A Prefeitura de Cláudia trabalha em conjunto com os moradores para manter a cidade limpa. Quando lixo e resíduos são jogados em vias públicas ou depositados de forma incorreta no meio ambiente podem poluir o solo e os lençóis freáticos, o que afeta a flora e a fauna do local.
Pensando nesse problema, o executivo implantou uma forma diferenciada de dispersão o lixo. No município são realizadas duas coletas diárias, durante cinco dias da semana (segunda a sexta-feira). Os materiais recolhidos são levados para as caixas de transbordo, que são direcionados uma vez na semana, para o aterro de Primaverinha (distrito de Sorriso), de responsabilidade da empresa Sanorte (210 km de Cláudia).
O secretário de Obras, Marcos Talau, explicou que se fosse realizado um descarte irregular, aumentariam-se os gastos públicos dedicados à limpeza urbana, além de prejudicar drasticamente a natureza.
“Nós nos preocupamos em dar um direcionamento correto ao lixo, por isso temos uma coleta diária realizada em dois turnos, de manhã e de tarde, de segunda a sexta-feira. Todo o material que é coletado é transportado para essas caixas de transbordo, depois direcionamos para o aterro sanitário licenciado e fiscalizado, para que o nosso lixo seja retirado de forma adequada”, contou.
O secretário ainda explica que a terceirização deste serviço, praticada por 14 municípios na região, é imprescindível devido aos altíssimos custos de se manter um aterro.
“Os custos ambientais são extremamente altos, manter um aterro próprio ocasionaria um custo muito maior para a população já que as licenças ambientais demandam muitos investimentos e funcionários para se manter os padrões exigidos, demandam valores regulares de grandes proporções. Isso inviabilizaria completamente o processo”, acrescenta o secretário.
Sanorte
A Sanorte Saneamento Ambiental é uma empresa privada localizada Fazenda Sanorte, Gleba Rio Verde, no Distrito de Primavera.
O aterro é instalado em uma área de 147 hectares. Essa extensão passou pelo processo de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que são documentos técnicos multidisciplinares com objetivo de realizar avaliação ampla e completa dos impactos ambientais.
A engenheira florestal Renata Grassel explicou que a empresa é licenciada e regulamentada de forma apropriada, onde todos os procedimentos realizados no local possuem a licença ambiental adequada.
“O EIA e RIMA, são estudos de espaço ambiental feitos em todo o empreendimento, das diretrizes operacionais. Para ser implantado um aterro é feito um estudo de como ele vai ser inserido, qual o período de vida útil, quais os programas de monitoramento necessários e a segurança que a empresa garante. Essas pesquisas geraram um plano de controle ambiental composto por cerca de 12 programas de monitoramento, que vão controlar todas as questões do meio ambiente, físico, biótico e social também”, pontuou.