MITO, MESSIAS, SASSÁ MUTEMA, COLOR II ou só um homem com boas intenções?
No brasil se tem mania de criar ondas na época das eleições, criando-se um misto de calendário festivo, de guerra e de resgate de esperanças. Pessoas entram no fronte para atacar, defender e compartilhar sensações, experiências e momentos que após a data da eleição, por algumas razões obvias, vencidos e vencedores, terão que seguir suando e batalhando, pelo pão de cada dia, afinal, os boletos vencem e Ciro Gomes perdeu de novo a eleição, ainda no primeiro turno.
O fato é que nas fases mais recentes deste período democrático, os brasileiros e brasileiros, fiscais, cidadãos da coisa pública, procuram fomentar um expectativa de que algo vai ser mudado com passes de mágica e nos esquecemos que não é assim. É tudo ao tempo, e um tempo que não podemos controlar, perceba que o novo presidente enfrentara um congresso nacional, que ainda possui muitos vícios e uma máquina estatal pesada com fortes amarras dos sindicados organizados. Além disso, o poder da imprensa global, com certeza dará um viés em tudo que é pauta. O pano de fundo de tudo isto, com certeza é o poder para gerar mais poder.
Agora, não podemos deixar de prestigiar a democracia e ela é feita com o voto direto, sistema em que sair de casa até a escola para apertar os botões, podem sim, ser considerados uma arma. Os mais passionais podem gritar que o candidato X, Y ou Z são isto ou são aquilo outro, mas o que temos é uma necessidade simples de sermos tocados por ingredientes que movem nossa vida em muitos momentos: esperança, indignação, paixão, raiva entre outros. O desejo de que nosso país seja melhor, mais justo, passa pelas sensações que temos sempre que a grama do vizinho é mais verde. É relevante lembrarmos que temos uma questão de cultura na hora de decidir o voto, e isto pesa muito, pois a 518 anos esperamos investimentos públicos decentes na área de educação, o que temos que acreditar em cada eleição, que o eleito tratará como prioridade.
O estado democrático de direito é uma enorme conquista e temos que manter a vigilância constante sobre ele, pois é assim que se amadurece a democracia. Neste sentido, é natural os ânimos se exaltarem frente as ideias de cada vertente, Hadad ou Bolsonaro, cada qual a sua forma, com suas equipes vem construindo os seus conceitos e claro já temos que perceber como cada um vai escalar o time que vai conduzir o país pelos próximos anos. Sim, teremos um time de ministros e cada um com um número de camisa para cumprir sua missão, onde o técnico (presidente) terá o dever de escalar os mais preparados, ficha limpas e competentes agentes em suas áreas. Já parou para imaginar os ministros de cada um dos candidatos neste segundo turno?
Pois bem, povo brasileiro, chegou a hora da onça beber água, não podemos querer só um “Messias”, mas temos o dever de estar conscientes de que, nós fazemos nossa pátria, com nossos comportamentos e nossos exemplos, assim será decidido o futuro da nação, o político lá em cima, é simplesmente, o extrato do povo e que precisamos que sim, tenha muitas boas intenções, também.
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COLUNA CONEXÃO:
Fernando Assunção: Bacharel em direito pela Unic, pós graduando em gestão de pessoas pela Fasipe, profissional na área de pesquisas de mercado e eleitorais, especialista em gerência de campanhas eleitorais.
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