Entre 2016 e 2017, o número de mortes violentas intencionais sofreu uma redução de 11,2%, em Mato Grosso.
Os casos caíram de 1.172 para 1.053, no ano passado. Contudo, o Estado é o segundo do centro-oeste com a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes: 31,5, seguido do Mato Grosso do Sul (20,8) e do Distrito Federal (18,2). A frente está Goiás, com 39,3 mortes violentas por 100 mil pessoas. Em Cuiabá, a redução foi de 30,4%, no mesmo período.
Os dados são do 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública/2018, divulgado ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No Brasil, o levantamento revelou que o país registrou 63.880 mortes violentas em 2017, o maior número de homicídios da história. O número representa um aumento de 2,9% em relação a 2016.
Em nível nacional, o Rio Grande do Norte registrou a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes. Por lá, a incidência é de 68/100 mil, seguido por Acre (63,9) e Ceará (59,1). As menores taxas estão em São Paulo (10,7), seguida de Santa Catarina (16,5) e Distrito Federal (18,2).
Entre as capitais, Cuiabá as mortes violentes caíram de 218 para 153 (-30,4%). Do centro-oeste, a capital mato-grossense possui uma taxa de 25,9 homicídios por 100 mil indivíduos, o que a coloca na segunda posição da região na incidência deste tipo de crime. A frente está Goiânia (39,2), Brasília (18,2) e Campo Grande (13,7). Nacionalmente, as capitais com as maiores taxas são Rio Branco (AC), com 83,7 por 100 mil habitantes, Fortaleza (CE), com 77,3, e Belém (PA), com 67,5.
O Anuário de Segurança Pública compila dados das polícias de todos os estados do país e é utilizado como dado oficial, já que o governo federal ainda não tem uma base de informações nacional. Em julho, o Sistema Único da Segurança Pública (Susp) foi criado e, entre outras coisas, prevê a criação de um sistema de dados unificado entre as forças policiais e entre os estados, semelhante ao Datasus, do Sistema Único de Saúde (SUS).
“O crescimento da violência no país tem duas direções. Uma são as novas dinâmicas do crime organizado, agora, a outra, é a insistência da política pública de várias esferas e poderes, de continuar fazendo mais do mesmo”, diz o diretor do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima.
FEMINICÍDIOS – O Fórum Brasileiro de Segurança Pública também contabilizou o número de mulheres vítimas de homicídio no ano passado. Em 2017, 84 (-8,8%) foram assassinadas em Mato Grosso. No ano anterior, foram 91 mortes. Do total, 76 (90,5%) foram feminicídios.
Fonte Joanice de Deus
