Dentre os 141 municípios mato-grossenses, em 128 o número de motocicletas é maior do que a quantidade de carros, o que corresponde a 91% das cidades localizadas, em Mato Grosso.
Considerando a população de 2017 estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as maiores proporções de motos em relação aos habitantes estão em Alta Floresta (47,82%), seguido de Juína (42,99%).
Os dados fazem parte da pesquisa “A frota de veículos nos municípios brasileiros em 2018”, divulgada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O estudo visa analisar o crescimento da frota de automóveis, motos, ônibus e caminhões e as respectivas concentrações nas regiões brasileiras. Para esse levantamento, foram utilizadas as estatísticas do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) de abril deste ano.
Conforme a CNM, as estatísticas do Denatran apontam um total de 53,4 milhões de carros no país, configurando aumento de 3,30% em relação a abril do ano passado. Comparando com a estimativa populacional do IBGE para 2017, no Brasil há um carro para cada 3,89 habitantes.
Os dados do Denatran mostram ainda que em abril passado, no país, havia 26.427.751 motos, consistindo em um aumento de 3,44% se comparado com o mesmo mês de 2017. Comparando com a população, no Brasil há uma moto para 7,86 habitantes. “Esse expressivo aumento na aquisição de motos está relacionado à facilidade no crédito, ao baixo preço das prestações e aos incentivos e isenções do governo federal ao mercado, além da deficiência dos serviços de transporte público nas cidades em geral”, aponta.
No Estado, a pesquisa mostra que a frota de motos era de 830.400, o correspondente a 3,1% do total, o que mostra que havia mais veículos sobre duas rodas do que carros circulando pelas ruas e avenidas que cortam o Estado, onde o total de automóvel era de 692.286 (1,29%). Pelo levantamento, Cuiabá é a 19ª cidade brasileira em número de motocicletas (113.519) e a 34ª em automóveis (202.879). O estudo considerou que as motos englobam os ciclomotores, motocicletas e motonetas.
No geral, o estudo mostra que há um crescimento expressivo da frota de veículos decorrente da priorização e de incentivos ao transporte individual, o que causa impactos na utilização da estrutura viária. “Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, os congestionamentos geram um prejuízo de R$ 11 bilhões (Firjan, 2016), em razão do tempo desperdiçado”, informou.
TRANSPORTE COLETIVO – De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o transporte coletivo permite a utilização eficiente do espaço, uma vez que ocupa um espaço menor na malha viária e transporta 70% da população. A frota brasileira de ônibus se concentra em municípios acima de 60 mil habitantes, totalizando 616 mil veículos.
Contudo, Mato Grosso é um dos estados brasileiros que contam com uma das menores frotas de ônibus. Segundo a pesquisa da CNM, o Estado conta com 11.593 coletivos, o que corresponde a apenas 1,9% do total. Do centro-oeste, o percentual só é maior que no vizinho Mato Grosso do Sul, que contava 9.522 (1,5%) ônibus. No Distrito Federal o percentual é de 2% (12.442) e, em Goiás, de 3,7% (22.744).
Fonte Diario de Cuiabá