Os deputados Gilmar Fabris, Pedro Satélite, Wagner Ramos e Nininho, decidiram continuar no PSD, mesmo após o presidente da sigla, Carlos Fávaro, ter renunciado da vice-governadoria na manhã desta quinta-feira (5).
Na noite anterior, os parlamentares se reuniram na casa do governador Pedro Taques (PSDB) para avaliarem a possibilidade de deixar o PSD e buscar outros partidos que vão apoiar a reeleição do tucano. Eles não concordam com a decisão de entrega dos cargos ocupados pelo partido na gestão de Taques, conforme foi anunciado por Carlos Fávaro na semana passada e oficializado ao governador no dia 2 deste mês.
De acordo com o líder da bancada, Gilmar Fabris, a posição foi tomada em conjunto com outras lideranças, como o empresário Roberto Dorner, pré-candidato a deputado federal pelo PSD. “O doutor Roberto Dorner pediu para nós ficarmos e ajudar nesse projeto dele, tendo um chapão para deputados estaduais”.
Fabris também comunicou que os deputados estaduais continuarão defendendo que o PSD apoie o projeto de reeleição de Taques.
“Nós continuaremos na base do governador e vamos defender que o partido caminhe com o governador Pedro Taques em sua reeleição. Temos apoio de 20 dos 27 prefeitos do partido, que também defendem caminhar com o governador”, garantiu.
Fabris também rebateu as declarações de Fávaro, sobre o fim do caciquismo na legenda. “O próprio Fávaro diz por aí que não tem caciquismo. E não tem mesmo. A decisão do partido será tomada por todas as lideranças”.
O rompimento com o governo ocorreu após a maioria dos prefeitos e lideranças do PSD, pedir uma ruptura com a gestão Pedro Taques. A ideia, que teve aval do presidente da sigla, não foi aceita pelos deputados estaduais que continuaram fazendo reuniões com Pedro Taques para reafirmar apoio ao governo e sua possível candidatura em busca da reeleição.