O PSD perderá quatro deputados estaduais até o próximo sábado. A decisão foi tomada em reunião na tarde desta quarta-feira (4) com o vice-governador e presidente estadual da sigla, Carlos Fávaro, onde os parlamentares optaram por deixar o partido.
O motivo é a divergência em relação ao apoio ao governador Pedro Taques (PSDB). Os deputados Gilmar Fabris, Ondanir Bortolini (Nininho), Pedro Satélite e Wagner Ramos pretendem permanecer na base aliada do governador.
Todavia, no final de março, o partido decidiu por adotar uma postura independente, inclusive, entregando os cargos ao chefe do executivo. Com o “racha” dentro da sigla, os quatro parlamentares optaram por deixar o PSD, permanecendo assim na base aliada.
O racha era tão evidente, que Fávaro pretende lançar o produtor rural Reck Junior (PSD) para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Ele é de Tangará da Serra, mesma base eleitoral de Wagner Ramos, que disputará a reeleição.
Os deputados apontaram que deixarão a sigla alegando que não querem atrapalhar as ambições políticas do vice-governador, pré-candidato ao Senado. Eles terão três dias para mudar de partido para poderem concorrer às eleições deste ano.
As opções podem ser o PSDB de Taques, o PSB, que voltou a apoiar o governador após a saída do deputado federal Valtenir Pereira, além do Solidariedade e do PPS, siglas próximas ao tucano. O DEM também pode ser um dos destinos dos deputados, principalmente para Gilmar Fabris, que tem uma relação de proximidade com a família Campos.
O PSD, que tinha uma bancada de seis parlamentares, ficará com apenas um. O parlametar José Domingos (PSD), irmão do presidente da AMM (Associação Matogrossense dos Municípios), Neurilan Fraga (PSD), não será candidato a reeleição.