A juíza aposentada da Sétima Vara Criminal da Capital Selma Arruda responsável por colocar figurões da política mato-grossense atrás das grades, afirma que não está à procura de partidos que possuem somente “anjos e santos”. Selma é cotada para concorrer ao Senado ou Câmara Federal na eleição em outubro. A sigla mais adiantada para recebe-la é o PSL, do presidenciável Jair Bolsonaro (RJ), que chegou a anunciar sua filiação.
Selma, que teve a aposentadoria assinada pelo presidente do Tribunal de Justiça Rui Ramos, ontem (27), recebeu convite do PMN, PV, PSDB e PSL. Admite que as conversas estão mais adiantadas com a sigla de Bolsonaro.
A ex-titular da Sétima Vara sustenta que a principal exigência que faz é não compartilhar palanque com pessoas que respondem a ações penais por corrupção. Admite que as opções ficam afuniladas. “Não quero partido de anjos e de santos, preciso de partido onde pessoas não estejam envolvidas com corrupção porque não preciso de entrar na vida política”, sustenta, em entrevista à Rádio Capital FM, nesta quarta (28).
Antes de se filiar, Selma afirma que deve conhecer mais o partido e analisar seus membros e os pretensos candidatos, pois não quer “ombrear campanha” com ficha suja. “Se eu desdisser tudo que eu fiz até agora, fica muito incoerente e triste politicamente”, argumenta.
A postulante ao Senado ressalta ainda que nunca recebeu convite para compor chapa com o governador Pedro Taques (PSDB), que vai à reeleição. Selma foi cotada para ser vice do tucano, com a pré-candidatura do vice-governador Carlos Fávaro (PSD) ao Senado. “Se recebesse iria estudar da mesma forma que estou estudando dos outros convites que tenho”, desconversa.
Questionada se o ingresso na política não poderia manchá-la em razão de ser um sistema viciado, Selma pontua que é preciso fazer alguma coisa ao invés de ficar apenas lamentando. “Eu tenho para mim que se pessoas com boas intenções não tentarem, nunca vai mudar”, sustenta.
Selma ficou conhecida em Mato Grosso por colocar atrás das grades o ex-presidente da Assembleia José Riva e o ex-governador Silval Barbosa e outros figurões como ex-secretários do Estado. A “fama” deu a ela o apelido de Moro de Mato Grosso, em referência ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condenação da Operação Lava Jato. Por outro lado, tem recebido críticas, por parte das defesas dos réus, que apontam viés político em seus despachos. A magistrada nega.
Fonte – RDNEWS
