O prefeito em exercício de Sinop, Gilson de Oliveira (PMDB), acompanhado de vereadores e do secretário municipal de Saúde, Arnaldo Catelan, esteve reunido com o promotor de Justiça Pompílio Azevedo, nesta terça-feira (13).
O objetivo do encontro era de informar ao Ministério Público Estadual a situação de sobrecarga na UPA 24h da Avenida André Maggi, diante da limitação de atendimentos do Hospital Regional de Sinop.
Desde a semana passada, a unidade de pronto atendimento está com sobrecarga com uma médica de 400 atendimentos, por dia, e 30 pacientes internados na UPA, que não possui estrutura hospitalar, apenas leitos de estabilização. “Estamos lá com todos nossos leitos de emergência lotados e estamos aqui pedindo socorro para o Ministério Público. O promotor se colocou a disposição para receber as documentações e colocar as partes para tentar um entendimento. Se não conseguirmos realmente a sensibilidade do Estado de dar vazão aos pacientes da UPA, gerando rotatividade teremos pacientes com risco de morte”, afirmou o prefeito em exercício.
A UPA 24h possui estrutura para estabilizar pacientes e encaminhar para o hospital de referência, que é o Hospital Regional de Sinop. A preocupação da administração municipal é que a unidade hospitalar tem operado apenas com 50% de sua capacidade. “Temos 30 pacientes em estado grave, com surto psicótico, infecção pulmonar, cardíacos e diabéticos e não temos pra onde encaminhar esses pacientes. Primeiro porque o município não pode regular direto na central de regulação. A regulação ela tem que partir do hospital de referência, que é o Regional”, explicou o prefeito.
Os vereadores professora Branca (PR), Remídio Kuntz (PR), Joacir Testa (PDT), Joaninha (PMDB), Maria José da Saúde (PMDB), Ícaro Severo (PSDB) e Célio Garcia (DEM) também participaram da reunião. “Estamos trabalhando desde o ano passado em busca de entendimento e compreensão do Estado para as dificuldades que nosso município vem atravessando em relação a saúde”, lembrou Testa.
No documento entregue ao Ministério Público, o secretário de Saúde destaca a situação fática da saúde em Sinop e pontua ainda que o Município não possui condições de arcar com o ônus e encargos que competem ao Estado. Pede ainda que sejam adotadas as medidas necessárias para garantir que os pacientes sejam regulados e transferidos, para que recebam o tratamento adequado. “A gente veio buscar parceria como o Ministério Público, para encaminhar essa documentação para encontrarmos a saída. Tendo em vista que a UPA não tem estrutura para manter pacientes com mais de 24h, ou uma semana como está acontecendo” finalizou o secretário de Saúde, Arnaldo Catelan.
Visitas
Na semana passada, o prefeito em exercício, também acompanhado dos vereadores, visitou a Upa 24h e o Hospital Regional.
Em dezembro do ano passado o Instituto Gerir assumiu a gestão do Hospital Regional de Sinop e dos 111 leitos apenas 55 estão em funcionamento. A informação repassada ao prefeito em exercício e aos vereadores é de que o hospital atingiu a capacidade de atendimentos prevista no contrato emergencial entre a OS e a Secretaria Estadual de Saúde.
Fonte Assessoria