Desde que rompeu com o governador, após ter o seu nome aprovado pela Executiva estadual da legenda para disputar uma das duas vagas para o Senado federal, Leitão vem dialogando com diversas lideranças partidárias na tentativa aglutinar apoiadores em um projeto único. Com isso diversos prefeitos e deputados já procuraram o deputado pedindo para que ele disputasse as prévias internas do PSDB com Taques.
Conforme o Diário apurou, Taques e Nilson Leitão chegaram a conversar na semana passada para tentar estancar a crise interna no ninho tucano. Porém, os dois não chegaram a assinar um tratado de “paz” para caminharem juntos.
O ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS), que compõe o grupo que elegeu Taques em 2014, acredita que dentro do grupo, vem crescendo o desejo de uma candidatura majoritária sem a presença do governador. “O que está claro nas últimas movimentações, nas conversas que tenho participado e ouvido, é que o nome do governador Pedro Taques (PSDB) já não é consenso dentro do grupo. Cada dia que passa cresce o sentimento de que é preciso ter uma candidatura alternativa ao de reeleição ao governador. E isso está acontecendo dentro do grupo que se firmou em 2014”, disse Muniz ao Diário.
Além de Nilson Leitão, outro nome que vem ganhando força nos últimos dias é do vice-governador Carlos Fávaro (PSD). As duas últimas passagens pelo comando do governo deixou boa impressão aos aliados. Fávaro conseguiu impor uma agenda de diálogo e conseguiu por fim na greve do Detran, além de ter amenizado os atrasos nos repasses a diversas secretarias, impedindo assim a interrupção no fornecimento de comida para o sistema penitenciário do Estado, que poderia culminar em diversas rebeliões.
Além dos dois, os nomes do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (sem partido) e do ex-senador Jayme Campos (DEM) também são cotados para uma possível candidatura sem a presença do governador Pedro Taques.
Mauro Mendes ainda não se pronunciou se disputará o pleito deste ano. Mas nos bastidores vem acompanhando as últimas movimentações, além de analisar em qual partido deverá se filiar.
Já Jayme mantém a linha de que ainda é muito cedo para discutir o projeto eleitoral de outubro e que muita coisa poderá acontecer e mudar o rumo das articulações e negociações. Porém o democrata afirma que compõe a base apoio do governador, mas não descarta a possibilidade de compor uma chapa majoritária.
Outro nome que sempre é lembrado é do ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP). Mesmo liderando as pesquisas, Maggi já adiantou que disputará a reeleição ao senado.
Já o governador Pedro Taques diz que só falará em eleição a partir de março, mas está sendo convencido por aliados próximos de que precisa antecipar as discussões para evitar um possível isolamento político, inclusive dentro do próprio PSDB.
Fonte Pablo Rodrigo/ DC