Em meio a uma “guerra” travada entre Organizações Globo e o Presidente Jair Bolsonaro o apresentador do Jornal Nacional William Bonner, cometeu uma gafe sem precedentes no jornalismo brasileiro. O ancora do JN usou como fonte um perfil FakeNews do Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno para dizer que o Brasil estava em alerta de guerra contra a Venezuela.
“O Ministro do Gabinete Institucional Augusto Heleno disse agora pouco numa rede social que o governo vai aguardar os acontecimentos na Venezuela, repetiu que o Brasil não vai fazer nenhuma ação agressiva, mas afirmou, abre aspas disse Bonner, caso haja qualquer agressão a soberania do país, iremos reagir baseados em preceitos constitucionais, o apresentador finalizou a nota com a famosa frase fecha aspas”.
Veja o Vídeo:
No final do Jornal o apresentador se desculpou e negou a informação dizendo que havia lido um perfil FakeNews do General Augusto Heleno.
A gafe proporcionada pelo Jornal Nacional tendo como fonte uma rede social, é sem precedentes levando-se em conta a gravidade do assunto. O Brasil depois de Republica Federativa participou de duas guerras que aconteceram no continente europeu, a Primeira e Segunda Guerras Mundial em condições bem específicas.
Brasil na Primeira Guerra Mundial
Nem todos os países participaram da Primeira Guerra Mundia, que foi do ano de 1914 até 1918, mas as principais potências da época estiveram envolvidas. A maioria dos países envolvidos eram do continente europeu, mas alguns países não europeus participaram da guerra, como os Estados Unidos e o Japão (que eram aliados na Primeira Guerra e inimigos na Segunda Guerra).
O Brasil chegou a declarar guerra contra a Alemanha no dia 27 de outubro de 1917, pouco tempo depois de de termos nossos navios mercantes afundados por submarinos alemães. A marinha brasileira organizou uma esquadra para patrulhar o Atlântico, que em agosto de 1918 partiu rumo a África saindo da ilha de Fernando de Noronha. Porém, em Dacar, no Senegal, 156 tripulantes foram mortos pela famosa gripe espanhola, uma grande epidemia que assolou o mundo e matou milhares de pessoas.
Então que a participação do Brasil começou, no dia 10 de novembro de 1917, quando a esquadra chegou a Gibraltar e no dia seguinte foi informada que a Primeira Guerra Mundial tinha chegado ao fim. O Brasil ainda enviou uma equipe médica para a França para prestar socorros aos necessitados. Felizmente a participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial foi breve.
Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial foi anunciada quando os nazistas interceptaram remessas de alimentos e matérias primas que tinham como destino a Inglaterra e os Estados Unidos, e sem nenhum aviso, atacaram com submarinos no Atlântico cinco navios brasileiros (Baependi, Itajiba, Araraquara, Aníbal Benévolo e Araras). E isso fez com que o Brasil fosse obrigado a acabar com a neutralidade que nosso país adotava.
Durante a II Reunião de Consulta dos Chanceleres Americanos, realizada no Rio de Janeiro, em janeiro de 1942, houve o rompimento de relações diplomáticas e comerciais do Brasil com o Japão, Itália e Alemanha. A Marinha Brasileira fez o papel de proteger as rotas mercantes do Atlântico Sul, escoltando os navios que levavam materiais estratégicos.
No ano de 1944, partiu rumo a Itália a Força Expedicionária Brasileira (FEB), a comando do general Mascarenhas de Morais. O primeiro escalão FEB desembarcou em Nápoles, em 16 de julho de 1944, onde foi integrado ao 5º Exército Americano e ajudaram nas batalhas de Camaiore, Monte Castelo, Castelnuovo, Montese e Fornovo. Durante os conflitos, a marinha brasileira fez cobertura com mais de 3 mil navios mercantes. Foram mortos ao todo 451 soldados, entre eles oito pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB), que foram transferidos de Pistóia na Itália, para o Brasil, no dia 5 de junho de 1960.
O Brasil foi o único país da América Latina que participou diretamente da Segunda Guerra Mundial, onde permaneceram cerca de 11 meses na Itália, dos quais quase oito meses na frente de luta, em contato direto com o inimigo.
Da redação
