Profissionais da Educação em Lucas do Rio Verde, paralisaram as atividades nesta quarta-feira (23), em protesto por reajuste salarial e inclusão dos funcionários no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) do município.
Eles fizeram um ato em frente à sede da Prefeitura Municipal. Com o movimento, as atividades foram suspensas hoje nas 17 escolas municipais e mais de 10 mil alunos estão sem aula.
À categoria, o prefeito Flori Luiz Binotti (PSD) fez uma proposta de reajuste de 3,3% em que se inclui, além da reposição inflacionária, o percentual de ganho real, além de reajuste 9,05% no vale-alimentação, que passaria de R$ 220 para R$ 240.
Segundo a presidente do sindicato da categoria (Sintep) no município, Tânia Jorra, a proposta não atende ao que é reivindicado pelos quase 900 profissionais da Educação – dos quais cerca de 450 são professores. Inicialmente, os servidores fizeram uma proposta inicial de reajuste de 10%, sendo 6,81% de reposição do piso e 3,19% de ganho real.
Conforme a sindicalista, diante da apresentação dos números de arrecadação do município, a categoria aceitou fazer uma contraproposta, a qual deverá ser analisada e respondida pelo prefeito dentro de até 10 dias.
“Hoje, a categoria decidiu que nós faremos uma contraproposta de 6,81% de reposição do piso, sendo 3,3% agora e o restante parcelado, desde que a última seja em outubro. Queremos, pelo menos, a reposição mínima”, disse Jorra.
Após a resposta da prefeitura, uma nova assembleia deve ser realizada pela categoria, que não descarta a possibilidade de greve.
Comissão
Segundo o prefeito Flori Luiz Binotti, uma comissão foi montada para acompanhar a receita e a defesa do município, a fim de verificar se é possível cortar gastos e dar um reajuste maior aos servidores da Educação.
“Se tivermos uma arrecadação maior e uma despesa menor, poderemos dar um aumento maior, como fizemos no ano passado, quando os professores receberam reajuste de 9%. Mas, naquele ano, havia uma inflação maior, que esse ano foi menor”, disse.
O prefeito alegou, ainda, que atendeu à reivindicação dos servidores para mudar a data-base para janeiro.
“Já encaminhamos para a Câmara essa mudança e aguardamos a aprovação. Chegamos no limite na situação financeira, que é de 3,3. Se passar na Câmara a mudança da data-base, daqui a sete meses estaremos novamente discutindo a questão da RGA”, afirmou.
Binotti alegou que recebeu uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) para que não conceda aumento acima da inflação.
“A reposição inflacionária é um direito do trabalhador. Um aumento acima da inflação é dado quando se tem condições. Como o estado e o país estão em crise, a recomendação do TCE é que não se dê aumento real, acima da inflação. Aqui, nós ainda estamos conseguindo conceder um aumento acima da inflação”, justificou.
Fonte G1/MT
