O comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso, o coronel Jonildo José de Assis, publicou nesta quinta-feira (7) a demissão do ex-soldado PM, Marcos Vinicius Pereira Ricardi. Ele tem até 5 dias para entregar suas credenciais, fardas e armas de fogo que eventualmente ainda tem em posse.
“Demitir das fileiras da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso o Policial Militar SD PM Marcos Vinicius Pereira Ricardi, a contar de 01/01/2021. Determinar que o comandante imediato realize o recolhimento da identificação funcional, do fardamento e dos apetrechos que pertença a Fazenda Pública Estadual e que estejam sob a posse do Ex – SD PM remetendo tais materiais, ora a Diretoria de Gestão de Pessoas, ora para a Seção de Apoio Logístico e Patrimônio, tendo 05 dias, a partir da publicação”, diz trecho dos autos.
A publicação não informa os detalhes sobre os motivos da demissão do ex-soldado PM. No entanto, Marcos Vinicius Pereira Ricardi é réu confesso do assassinato da enfermeira Zuilda Correira Rodrigues, de 43 anos, morta por asfixia em Sinop (501 KM de Cuiabá) no ano de 2019.
De acordo com as investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC), num primeiro momento, Marcos Vinicius Pereira Ricardi afirmou que “participou” de uma “sessão de espancamento” que resultou na morte da enfermeira, e que o ex-marido da vítima, Ronaldo Rosa, teria planejado a ação. O ex-soldado, que fazia “bico” entregando espetinhos vendidos por Ronaldo Rosa, porém, deu outra versão do crime num momento posterior dizendo que teria sido “maltratado” pela vítima após ela descobrir que o suspeito respondia na Justiça por peculato.
Ele acabou agredindo a enfermeira, que não resistiu após receber um “mata leão”.
ARSENAL DE GUERRA
O Comandante-Geral da PM de Mato Grosso também publicou a demissão de outro ex-soldado PM, Esly Borges Massena Júnior, flagrado com um “arsenal de guerra” no próprio quartel da Polícia Militar, em Ribeirão Cascalheira (886 KM de Cuiabá). Em junho de 2019, o desembargador do Tribunal de Justiça (TJMT), Pedro Sakamoto, relatou um recurso de apelação interposto pela defesa do ex-soldado PM.
Ele foi preso após o flagrante com as armas, furtadas do Fórum de Ribeirão Cascalheira. “Os PMs que realizaram a referida diligência constaram que o acusado mantinha sob sua guarda um verdadeiro arsenal de guerra, consistente em armas de fogo, munições e acessórios. Tanto de uso permitido quanto de uso restrito. Foram encontrados na oportunidade uma carabina CBC 7022., uma pistola .40, uma pistola 34608A, duas munições 5.56 mm, 20 munições 635 mm, 341 munições calibre .22, 10 munições calibre .25, e assim uma série de armas e munições”, revelou o desembargador Pedro Sakamoto na época.
O ex-soldado PM foi condenado a 4 anos e 7 meses de prisão na seara criminal.