A Secretaria Municipal de Saúde de Sorriso confirmou, agora há pouco, que a professora Camila Ramos de Souza, de 29 anos, que morreu no dia 15 de abril no Hospital Regional de Sorriso (HRS), foi vítima do vírusH1N1. Um exame clínico feito em Cuiabá confirmou a suspeita.
A coleta foi realizada um dia antes da professora morrer, em 14 de abril, às 13h30min. O resultado, divulgado hoje, confirma a morte por influenza A H1N1.
A diretora do HRS, Luciele Benin, informou que os familiares da professora – internados após quadro gripal – já tiveram alta. “O último saiu no dia 18 e todos se encontram bem. Os exames estão em processamento na capital e todas as precauções são tomadas com todos os pacientes. O que pedimos encarecidamente à população é que reforce a lavagem das mãos e mantenha a etiqueta respiratória, ao tossir e espirrar cobrir a boca e nariz”.
O secretário de saúde, Devanil Barbosa, frisou que todos os profissionais de saúde obtiveram orientações repassadas por um infectologista para reforçar o trabalho nas unidades de saúde. “Agora seremos mais firmes em buscar soluções junto ao Estado para os grupos de riscos. Precisamos obter, junto ao Ministério da Saúde, a liberação de vacinas para a cobertura de 14 mil pessoas”.
Para isso, o secretário e o prefeito, Ari Lafin, devem ir a Cuiabá, amanhã, para tentar obter mais doses da vacina contra a gripe, já que o quantitativo enviado se esgotou um dia após iniciada a 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza em todo o país.
O Ministério da Saúde informou à Secretaria Municipal de Sorriso que o segundo lote deve ser enviado na próxima semana. Porém, não foi definido o dia exato.
A campanha tem foco imunizar as pessoas que fazem parte do grupo prioritário: idosos a partir de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, trabalhadores da saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional. Pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais também devem receber a dose.
Morte rápida
A professora Camila chegou ao HRS no dia 13 de abril transferida de um hospital particular da cidade, com história pregressa de gripe e com quadro grave de insuficiência respiratória, entubada e dependente deventilação mecânica.
A professora ficou internada no box de emergência, onde foi tratada com antibióticos de largo espectro e antiviral, mas não resistiu à doença.
As amostras coletadas da professora e enviadas para exames clínicos em Cuiabá foram feitas porque o quadro da doença evoluiu rapidamente e a paciente morreu com insuficiência respiratória.
Outra morte confirmada
A Prefeitura de Tangará da Serra também confirmou que a paciente de 36 anos que morreu no dia 8 de abril foi vítima do vírus da influenza.
Outra paciente – cujo nome não foi revelado – morreu com suspeita do vírus influenza no Pronto-Socorro de Várzea Grande no último fim de semana.
Casos suspeitos em MT
A responsável técnica da Vigilância Epidemiológica, Juliana Herrero, informou, nesta semana, que ainda há outros 3 casos sob suspeita de infestação do vírus, que é subdividido em H1N1, H3N2 e H5N4. “Dois pacientes já tiveram alta e no momento estamos com 2 pacientes internados que, inclusive, já completaram o ciclo do tratamento e saíram do isolamento”.
Em todos os casos sob suspeitas, as equipes coletam materiais nos pacientes e enviam ao laboratório do Estado para realização de exames para confirmar ou descartar o vírus influenza. Os resultados demoram até 30 dias para ficar prontos.
Fonte – Portal Sorriso MT
