Mato Grosso é o Estado com o terceiro pior saldo de empregos em março, aponta levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgado nesta sexta (20).
Com 29,741 mil contratações ante 32,759 mil desligamentos, 3,018 mil vagas foram extintas, influenciadas pelo fim da colheita de soja e do plantio da segunda safra no agronegócio, setor que extinguiu 3,334 mil vagas em março.
Outro setor que apresentou dados negativos foi o de comércio atacadista, que encerrou o terceiro mês deste ano com 835 vagas extintas, resultado de 1,306 mil contratações ante 2,141 mil desligamentos.
Entre os setores que obtiveram resultado positivo em março está o de serviços, com a criação de 646 vagas, sendo que houve 9,243 mil contratações ante 8,597 mil desligamentos. A indústria da transformação também teve saldo positivo com 226 vagas criadas, sendo 3,853 mil contratações ante 3,627 mil desligamentos.
Apesar do resultado negativo apurado em março, o primeiro trimestre de 2018 foi positivo para Mato Grosso na geração de empregos. De acordo com o Caged foram criadas 12,445 mil vagas no período, resultado de 100,789 mil contratações ante 88,344 mil desligamentos.
Brasil
Em março, os piores saldos registrados entre os Estado foi em Pernambuco com a extinção de 9,689 mil vagas e Alagoas com 6,999 mil vagas extintas. Também foram negativos os saldos em Sergipe (-2.477), Pará (-787 empregos) e Mato Grosso do Sul (-646). Ao todo, 11 estados tiveram variação negativa.
Entre as 15 unidades da federação e o Distrito Federal que registraram variação positiva no saldo de empregos, os maiores saldos ocorreram em São Paulo (+30.459), Minas Gerais (+14.149), Rio Grande do Sul (+12.667), Paraná (+6.514), Goiás (+5.312) e Bahia (+4.151).
Em todo o país, março registrou a abertura de 56.151 novos postos de trabalho no Brasil, um aumento de 0,15% em relação ao estoque de fevereiro. O resultado é decorrente de 1,3 milhão de admissões e de 1,2 milhão de desligamentos.
Seis dos oito principais setores econômicos tiveram saldo positivo. O principal deles foi o de Serviços, com a criação de 57.384 novos postos de trabalho, crescimento de 0,34% sobre o mês anterior.
A indústria de transformação foi o segundo setor com melhores resultados (+10.450 postos), com um acréscimo de 0,14% sobre fevereiro.
O terceiro melhor resultado ficou com a construção civil (+7.728 postos), seguido do setor da administração pública (+3.660 postos), extrativa mineral (+360 postos) e serviços industriais de utilidade pública (SIUP) (+274 postos). Apenas dois setores apresentaram saldos negativos: agropecuária (-17.827 postos) e comércio (-5.878 postos).
Das cinco regiões, três apresentaram saldos positivos no emprego. O melhor desempenho foi no Sudeste, que teve um acréscimo de 46.635 postos. O Sul teve aumento de 21.091 vagas formais, seguido do Centro Oeste, que criou 2.264 novos postos. Os desempenhos negativos foram registrados no Norte (-231 postos) e no Nordeste (-13.608 postos).
A Lei 13.467/2017, que promoveu a Modernização Trabalhista, pode ser identificada nas estatísticas do mercado de trabalho. Em março, houve 13.522 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 9.775 estabelecimentos. São Paulo registrou a maior quantidade de desligamentos (-4.204), seguido por Paraná (-1.537), Rio de Janeiro (-1.255), Minas Gerais (-1.083), Rio Grande do Sul (-1.006) e Santa Catarina (-995).
Na modalidade de trabalho intermitente, foram realizadas 4.002 admissões e 803 desligamentos, gerando saldo de 3.199 empregos. As admissões concentraram-se principalmente em São Paulo (+767 postos), Minas Gerais (+446 postos), Rio de Janeiro (+361 postos), Espírito Santo (+316 postos), Goiás (+235 postos) e Ceará (+171 postos).
O saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por Serviços (+1.506 postos), Indústria de Transformação (+617 postos), Construção Civil (+538 postos), Comércio (+310 postos), Agropecuária (+221 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (+7 postos).
No regime de trabalho parcial, foram registradas 6.851 admissões e 3.658 desligamentos, gerando saldo de 3.193 empregos. São Paulo (+831 postos), Ceará (+442 postos), Santa Catarina (+383 postos), Minas Gerais (+235 postos), Goiás (+200 postos) e Rio Grande do Norte (+154 postos) foram os estados que apresentaram maiores saldos nesta modalidade.
Já o saldo de emprego em regime de tempo parcial distribuiu-se pelos setores de Serviços (2.253 postos), Comércio (647), Indústria da Transformação (200), Construção Civil (52), Administração Pública (30), Agropecuária (8) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (3). (Com Assessoria)
