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26/06/2024

Polícia

Polícia Civil sequestra 13 veículos de alvos ligados a esquema criminoso liderado por preso em cadeia no interior

Foto PJC/MT

Nove veículos de pequeno porte, a maioria camionetes, e três caminhões estão entre os bens apreendidos pela Polícia Civil durante a Operação La Catedral, deflagrada na semana passada para cessar um esquema criminoso liderado por um preso da cadeia pública de Primavera do Leste e o diretor da unidade. O esquema consistia na compra de facilidades, movimentação de dinheiro obtido ilegalmente e, ainda, oferta de vantagens ilícitas a servidores públicos.

Os veículos estão sob guarda da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Primavera do Leste e terão a destinação autorizadas pela justiça.

Entre os veículos sequestrados judicialmente estão três caminhões da frota da transportadora aberta por Janderson que, mesmo preso em regime fechado, movimentava sua vida particular como se estivesse em plena liberdade. Com apoio da Polícia Rodoviária Federal foram apreendidos dois conjuntos completos de carreta (trator e semirreboques), além de um caminhão-baú, pela Polícia Civil, todos em Primavera do Leste.

Para legitimar os valores recebidos, os investigados, liderados pelo preso Janderson dos Santos Lopes, de 30 anos, utilizaram pessoas jurídicas e físicas para movimentar valores ilícitos e adquirir bens móveis e imóveis a fim de dar aparência de legalidade ao dinheiro ilícito. Ele abriu empresas, arrendou propriedade na zona rural; e ainda fez construções imobiliárias, algumas com a mão de obra de presos da cadeia de Primavera do Leste.

A operação La Catedral foi desencadeada no dia 07 de maio com o cumprimento de 132 ordens judiciais, entre prisões, buscas, bloqueio e sequestro de bens.

O esquema, liderado por Janderson Lopes, contou com a participação do diretor da cadeia pública, também investigado e alvo de afastamento do cargo pública, busca e apreensão e bloqueio de valores e sequestro de bens. Incluía a venda de benefícios dentro da unidade prisional e, principalmente, a autorização de trabalho externo e alojamento privilegiado na cadeia.

A equipe policial apurou que Janderson tinha autorização judicial para trabalhar externamente e frequentar a faculdade em Primavera do Leste. No entanto, no período apurado, foi constatado que ele não compareceu ao trabalho e nem às aulas do curso.

Foram alvos de sequestro judicial de bens, camionetes, caminhões, veículos de passeio e maquinário agrícolas. Uma das camionetes apreendidas, um modelo Toyota Hilux, estava estacionada em frente à cadeia pública de Primavera do Leste. Com essa camionete, Janderson saía da unidade prisional e circulava livremente pela cidade para gerenciar seus negócios e retornando apenas no período noturno.

Entre outros bens sequestrados pela Polícia Civil, ligados a Janderson, estão ainda tratores e mais de 150 cabeças de gado bovino, depositados em uma fazenda da região de Primavera do Leste.

Movimentação financeira

Dados analisados do relatório de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) demonstraram transações realizadas entre os próprios investigados, corroborando, assim, os vínculos típicos de associação criminosa.

Entre fevereiro de 2022 e novembro do ano passado foram feitas movimentações bancárias em valores que vão de 485 mil a 24 milhões de reais. Além das transações entre si, os investigados também receberam créditos e efetuaram depósitos em contas bancárias de presos ou familiares de presos.

Preso, mas com liberdade

Janderson estava cumprimento de pena privativa de liberdade, na cadeia de Primavera do Leste, após ser condenado a 39 anos de reclusão, resultado de investigações em duas operações anteriores da Polícia Civil que apuraram os crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Mesmo recluso, ele tinha total liberdade para continuar com suas atividades criminosas lideradas a partir da cadeia em Primavera e constituir patrimônio.

Lopes e sua esposa tiveram os bens confiscados nas duas operações anteriores da Polícia Civil. Ele era responsável pela lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas por meio da criação de empresas de fachada.

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