O produtor rural Jackson Furlan, de 30 anos, deverá enfrentar o Tribunal do Júri de Sorriso (420 km de Cuiabá) no dia 5 de agosto, pela morte da engenheira agrônoma Júlia Barbosa de Souza, em novembro de 2019.
A data foi marcada pela juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano, da 1ª Vara Criminal de Sorriso, que também negou pedido do produtor para a revogação da prisão preventiva, decretada à época do crime.
A sessão de julgamento foi marcada para iniciar às 8h, de maneira híbrida, permitindo o acompanhamento online da audiência. A magistrada também determinou que os membros da sociedade que irão compor o júri sejam sorteados apenas no dia da sessão.
Além do homicídio da engenheira, Jackson também responde pela tentativa de homicídio contra Vitor Giglio Brantis Fioravante, namorado da jovem.
O crime aconteceu no dia 8 de novembro de 2019, quando Júlia e o namorado saíram de um jantar na casa de amigos e acabaram perseguidos pelo carro de Jackson. Conforme a denúncia do Ministério Público, isso aconteceu porque o produtor teria se irritado com a lentidão com que Júlia e Vitor dirigiram.
Ocorre que na frente da caminhonete de Vitor havia um primeiro carro, VW Gol, que dirigia devagar. Isso fez com que o casal também reduzisse a velocidade, para acompanhar o trânsito, o que irritou Jackson, que estava bêbado.
Enfurecido, Jackson passou a perseguir a caminhonete das vítimas. Vitor chegou a tentar despistá-lo, mas quando passavam pela Avenida Brasil, na região central do município, acabaram sendo perseguidos mais uma vez. Minutos depois, Jackson sacou a arma e atirou contra a caminhonete do casal.
Júlia foi atingida na cabeça pelo tiro que entrou pelo vidro traseiro do veículo. Ela foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante a madrugada. À época do crime, a mulher tinha 28 anos e estava em Mato Grosso para visitar o namorado. Ela morava no Paraná.
Por Camila Zeni
