Primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (DEM) reconheceu os desgastes das investigações movidas contra seu colega de partido e líder do governo, o deputado Dilmar Dal Bosco (DEM). Apesar da "saia justa", o democrata afirma que a legenda segue apostando na inocência do parlamentar.
"Ninguém viu as provas de fato ainda. Eu tive uma conversa com o deputado, ele disse que tem todas as provas e vai provar a sua inocência. Então, nós estamos ainda acreditando nele", disse.
Dilmar Dal Bosco e o suplente Pedro Satélite foram alvos da 3ª fase da Operação Rota Final, deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Ambos sofreram o sequestro judicial de bens de R$ 86 milhões no âmbito da investigação que apura os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude na licitação do transporte coletivo.
Botelho, por sua vez, minimizou o inquérito e disse que é "comum" investigações no meio político. "Eu acho que nós políticos somos muito investigados, somos devassados, qualquer coisa apresenta denúncia. Agora, nós temos também que ter a coragem de vim aqui falar abertamente, faz parte do político dizer claramente", ponderou.
Para sustentar a tese, o parlamentar seguiu dizendo que o mesmo corre em âmbito nacional. "Denúncia tem em todo lugar, você vai no Congresso Nacional e 70% dos senadores e deputados estão denunciados. Nos ministérios também têm denunciados toda hora. Então, agora cabe provar a inocência", exemplificou.
No fim, Botelho reforçou o posicionamento do presidente do DEM, o ex-deputado federal Fábio Garcia, e disse que Dal Bosco permanece na legenda. O parlamentar também segue no posto de líder do governo Mauro Mendes na Casa de leis. "No partido, continua normal a situação dele como líder, eu conversei com o governador e a princípio ele ainda não tem a intenção de trocá-lo. Ele vai continuar enquanto não tivermos informações sobre esse processo e a princípio ele está usando o que a lei determina, que é a presunção da inocência", finalizou.
Fonte – Gazeta Digital