A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) colocou Mato Grosso em um cenário crítico com agravamento da pandemia da Covid-19 e a saturação do sistema de saúde.
A informação consta no novo Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado na sexta-feira (9).
Segundo a Fundação, as próximas semanas deverão refletir a situação vivida pelo Estado entre o final de março e início de abril, quando teve as maiores taxas tanto de casos como de mortalidade pela Covid-19 de todo o Brasil.
Além de Mato Grosso, as maiores taxas de incidência da Covid, como mostra o boletim, foram observadas nos estados de Rondônia, Amapá, Tocantins, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.
Já as taxas de mortalidade mais elevadas foram verificadas nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Tocantins, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal.
“Esse padrão coloca as regiões Sul e Centro-Oeste como críticas para as próximas semanas, o que pode ser agravado pela saturação do sistema de saúde nesses estados”, diz o boletim.
Para enfrentar o atual cenário, os pesquisadores ressaltam que é fundamental a combinação de diferentes medidas, envolvendo as não-farmacológicas, o sistema de saúde e as políticas e ações de proteção e assistência social para redução da vulnerabilidade e do impacto social.
“É preciso que haja convergência e integração dos diferentes poderes do Estado brasileiro (Executivo, Legislativo e Judiciário), assim como os diferentes níveis de governo (municipais, estaduais e federal), com participação das empresas, instituições e organizações da sociedade civil (de nível local ao nacional) para o enfrentamento deste momento bastante crítico e grave da pandemia”, alerta a Fiocruz
Por Thayza Assunção
