Após meses de quedas consecutivas, a inadimplência do consumidor cresceu em janeiro, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Na passagem de dezembro de 020 para janeiro de 2021, o número de devedores de Mato Grosso cresceu 0,41%.
Na região Centro‐Oeste, na mesma base de comparação, a variação foi de 1,03%.
Se comparado com o mesmo período de 2020, o número de inadimplentes de Mato Grosso caiu 2,38% em janeiro de 2021.
Com isso, a estimativa é que o Estado tenha fechado o mês de janeiro com aproximadamente 1,08 milhão de consumidores inscritos em cadastros de devedores.
O levantamento mostra ainda que a abertura por faixa etária do devedor com participação mais expressiva em Mato Grosso foi entre 30 a 39 anos (26,32%), seguida da faixa de 40 a 49 anos (21,53%) e de 50 a 64 anos (19,36%).
O número de dívidas em atraso de moradores de Mato Grosso também cresceu 0,63% na passagem de dezembro para janeiro. Na região Centro‐Oeste, nessa mesma base de comparação, a variação foi de 1,08%. Comparando janeiro de 2021 com janeiro de 2020, este número caiu 5,06%.
Segundo a pesquisa, o setor com participação mais expressiva do número de dívidas em janeiro no Estado foi o de bancos, com 31,50% do total de dívidas, seguido do comércio com 31,47% e de água e luz com 15,73%. Em janeiro de 2021, cada consumidor inadimplente tinha em média 1,90 dívidas em atraso.
Na avaliação do superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), Fábio Granja, o avanço da inadimplência já era esperado.
"Historicamente o mês de janeiro apresenta uma alta no índice de inadimplência, mas o que nos deixa otimistas é que o aumento nesse início de ano foi menor quando comparamos com o aumento nas vendas ocorrido entre os meses de setembro e dezembro de 2020. Refiro-me a esses meses, pois tivemos um aumento nas compras parceladas nesse período que superaram os 3%. Agora precisamos acompanhar os próximos meses, principalmente fevereiro e março que terão reflexos principalmente das vendas ocorridas em novembro e dezembro do ano passado. Existe uma tendência de crescimento natural nestes meses, mas o mais importante é que se mantenha estável com o mesmo nível de janeiro, abaixo de 1%", avaliou Granja
