Atenção Sinop, Ministério Público, autoridades de Saúde, Vereadores e principalmente Prefeitura, não venho aqui depor contra uma das maiores festas do município, muito menos dos que gostam e participam da FeijoVIP, mas com todo respeito aos que estão querendo permitir que aconteça em Sinop esta festa, isso é vergonha! (como diria Boris Casoy)
Estamos vivendo uma pandemia com a COVID-19, algo jamais visto no mundo desde a gripe Espanhola, e a luta pela vida, pela vacina e cura. É importante lembrar que o Novo CoronaVírus não tem cura e o tratamento lamentavelmente não tem comprovação cientifica.
O hospital de campanha foi fechado, alguns posto de atendimento específico também tiveram suas portas fechadas, mas a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) vive lotada, abarrotada de gente, o Postinho do Primaveras para casos de COVID-19 (eu passo lá todos os dias) tem fila durante todo o dia para que as pessoas sejam atendidas.
Com que justificativa se permite a realização de uma festa desta proporção em SINOP, em que mais de 4 mil pessoas estarão amontoadas, num ambiente absolutamente propício para proliferação do Novo Coronavírus.
Não estamos falando de um comércio que tem CNPJ, funcionários com carteira assinada, mas de uma festa que tudo que é feito e todos os contratados duram 24 horas, logo porque esta insanidade.
Permitir uma festa deste tamanho e ver filhos e filhas de sinopenses que estão com babás particulares, sem ter aula, ou as tendo em casa por conta da pandemia, mas deixar que seja realizada uma festa deste tamanho? Qual a PRIORIDADE?
Temos os números fornecidos pela assessoria da Prefeitura que apontam o aumento de pessoas contaminadas com COVID-19, nos últimos dias é preocupante tanto as mortes quanto a quantidade de pessoas infectadas.
E se o surto que a princípio está dentro do "aceitável" passar para números que exijam medidas duras como por exemplo, fechar empresas com CNPJs, com isso demissão de funcionários com carteiras assinadas, o que deve ser prioridade neste momento?
Espero que as autoridades, aquelas pessoas que tem o poder de olhar pelo povo, tenham a responsabilidade e serenidade necessária nesses momentos e tomem a decisão pensando num coletivo maior, ou seja 200 mil pessoas e não meia dúzia de amigos e apadrinhados.
É importante deixar claro que não somos contra a festa, mas este literalmente não é o momento!
