A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (23) a Operação Ecdisona, em Barra do Garças (509 km a leste da Capital), contra empresas que praticavam fraudes tributárias com uso de “laranjas” que causou cerca de R$ 12 milhões em prejuízos aos cofres públicos. São cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva.
As investigações apontam que os suspeitos vinham realizando operações fraudulentas em empresas da região com grandes dívidas tributárias e previdenciárias, aliciando empresários que se beneficiam de forma ilícita ao frustrarem o pagamento de obrigações.
Empresários eram usados como sócios fictícios, os “laranjas”, para ocultar o nome dos verdadeiros proprietários, para que eles pudessem sonegar impostos e se livrar de dívidas tributárias ao criar novas empresas para prestar o mesmo serviço ou fornecer o mesmo produto, apenas com um nome diferente.
Uma das empresas investigadas tinha dívidas de R$ 5 milhões com a União e estava em nome de pessoas que não possuíam bens que pudessem ser usados para pagar esse débito. Enquanto isso, os verdadeiros proprietários tinham outras empresas, sempre se escondendo atrás de sócios fictícios para não pagar essa dívida com a União.
As investigações da Polícia Federal em Barra do Garças prosseguirão com ações n os próximos dias.
O nome da operação é uma referência ao hormônio responsável pela “ecdise”, processo de troca de exoesqueleto (troca de pele) de alguns animais como as cobras. De forma análoga a estes animais, as empresas beneficiadas pelo esquema criminoso, antes endividadas, realizaram alterações empresariais que permitiram continuar suas atividades sob nova roupagem, livre de dívidas.
