O pedido de garantia de uma renda mímina a todas as pessoas feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ecuou em Mato Grosso e os deputados estaduais aprovaram a elevação do programa Pró-família, programa social do governo para famílias em situação de vulnerabilidade. Pela proposta aprovada em primeira votação na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (1), o valor passa de R$ 100 para R$ 200 mensais para compra de alimentos.
Em geral, os beneficiários do programa também fazem parte do Bolsa Família ou do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e poderão ter um alívio maior nas contas neste período de isolamento social.
A proposta foi apresentada pelo deputado João Batista (Pros) que destacou a necessidade de ter resposta a crise financeira gerada pela pandemia do novo coronavírus. "O país está fragilizado e incapaz de responder às necessidades de crescimento, geração de emprego e renda e investimentos públicos necessários para garantir acesso à educação, saúde e proteção social para a população", disse ao justificar a aprovação do projeto.
Nenhum deputado se colocou contra o projeto. Durante a votação o deputado Max Russi (PSB), criador do programa na gestão Pedro Taques (sem partido), destacou que programa chegou a atender 22 mil famílias em Mato Grosso, mas que sofreu cortes devido a capacidade de pagamento do Estado e hoje atende 7 mil famílias.
Lembrou que algumas cidades do interior está distribuindo cestas, mas que a medida não está mostrando bons resultados, já que provoca aglomeração de pessoas, o que deve ser evitado, segundo a OMS.
O deputado Wilson Santos (PSBD), mais novo membro da base do governador Mauro Mendes (DEM), também defendeu aumento no valor pago pelo programa e fez uma crítica ao liberalismo. Segundo o tucano, a crise do momento mostra que o mercado não consegue regular tudo e depende a atuação do Estado, citou como exemplo o caso dos Estados Unidos, onde cerca de R$ 10 trilhões serão investidos pelo governo para ajudar as empresas e as pessoas no momento de crise.
