O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso manteve, por unanimidade, a cassação da senadora Selma Arruda na manhã desta quinta-feira (25). A primeira decisão é de abril, porém, a parlamentar entrou com embargos de declaração para tentar reverter a decisão.
"Por maioria rejeitou as questões de ordens suscitadas pela parte embargante. E por unanimidade acolheu parcialmente a preliminar aventada pela Procuradoria Regional Eleitoral, e no mérito por unanimidade acolheu em parte os embargos de declaração sem atribuir os efeitos infringentes nos termos do voto do douto relator da ação”, anunciou o presidente do TRE, Gilberto Giraldelli.
Selma Arruda foi cassada por 7 votos a zero no dia 10 de abril, por prática de caixa dois e abuso de poder econômico, além de propaganda extemporânea durante a pré-campanha, ao contratar com uma empresa de publicidade com valores acima de sua capacidade financeira.
Para o Ministério Público Federal, as apurações e a quebra de sigilo bancário da senadora e seus suplentes comprovaram que a ex-juíza contraiu despesas de natureza tipicamente eleitoral de, no mínimo, R$ 1,2 milhão, “as quais foram quitadas com recursos de origem clandestina que não tiveram regular trânsito pela conta bancária oficial”, diz trecho do relatório.
Em sua defesa, Selma diz que os recursos utilizados seriam de um empréstimo de R$ 1,5 milhão que teria feito junto ao seu suplente, Gilberto Possamai (PSL), que depositou o valor em sua conta pessoal ainda em abril de 2018, e, portanto, não seria doação de campanha nem caixa dois.
