A primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa de 2019 termina na sexta-feira (31), em Mato Grosso. O produtor deve vacinar todo o rebanho bovino e bubalino, de mamando a caducando, com exceção das propriedades localizadas no baixo Pantanal.
Após a imunização do rebanho, o produtor deve fazer a declaração da vacinação com a contagem dos animais por idade e sexo, juntamente da Nota Fiscal da compra das vacinas e apresentar no Indea do seu município
Além da relação de bovinos e bubalinos é necessário apresentar ao Indea a quantidade de outros animais existentes na propriedade como aves, carneiros, cabritos, cavalos, burros, jumentos, porcos, peixes, cães e gatos.
A multa para quem deixar de vacinar o rebanho dentro do período da campanha é de 1 UPF (Unidade Padrão de Fiscal) por cabeça de gado não vacinado. O produtor que atrasar a comunicação fica impossibilitado de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) por um período mínimo de 30 dias.
Sanidade do rebanho
A última ocorrência de febre aftosa em Mato Grosso foi registrada em 1996. E desde 2001, o Estado é reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa com vacinação, e desde então tem mantido o status sanitário.
Segundo Tadeu Mocelin, Mato Grosso há 12 anos mantém o índice de vacinação acima de 99%. “Esse dado representa o comprometimento do produtor rural, do serviço veterinário oficial e de todos os demais envolvidos na cadeia produtiva”.
Para o diretor técnico do Indea, Alison Cericatto, sanidade é essencial. “Sem sanidade não chegamos a lugar algum. É extremamente importante que o estado mantenha o status sanitário. E mais do que conquistar é manter o status sanitário para conseguir acessar todos os mercados. Isso mostra a força do serviço de defesa sanitária do estado e o comprometimento do produtor rural, um trabalho de consciência sanitária feita ao longo dos últimos anos, que se traduz no status de 23 anos de livre da ocorrência de febre aftosa com vacinação”.
Para o Coordenador de Defesa Sanitária Animal do Indea-MT, João Nespoli, a manutenção do status se deve ao trabalho conjunto executado pelos setores público e privado. “Estamos há mais de duas décadas sem foco de febre aftosa, graças a trabalhos como esse, onde o produtor e os governos federal e estadual fazem a sua parte. Um trabalho em parceria que tem gerado bons resultados à pecuária em Mato Grosso”.
Em maio de 2018, o Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como país livre de febre aftosa com vacinação. Segundo o superintendente Federal de Agricultura em Mato Grosso (SFA-MT), José Guaresqui, esse reconhecimento é fruto de um trabalho de longo prazo realizado no país e que abrirá mercados para a carne brasileira, gerando divisas para o país, ampliando o volume de exportação.
