De acordo com o secretário da Sedec, César Miranda, o setor está em pleno investimento. Os processos que tramitam no órgão são de empresas que já atuam no Estado. Conforme ele, além da produção de etanol, fomenta a produção DDG (subproduto utilizado como ração animal), de eucalipto (usado na transformação do milho para o etanol).
“Outras cadeias estão ganhando com o crescimento da produção de etanol de milho”, acrescenta o secretário. Apesar do crescimento, o setor sofre com a falta de logística para exportar a produção. A construção de modais de transporte esbarra na burocracia política. “O nosso mercado consumidor ainda é muito pequeno. É preciso alternativas para escoar essa produção, mesmo agregando valor ao produto”, pontua Miranda.
O presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Ricardo Tomczyk, destaca o cenário favorável para o crescimento do setor e a consolidação da agroindústria. Além do DDG e do próprio combustível renovável, a atividade gera fomento para a produção de energia elétrica e do óleo de milho. “O setor está movimento muitas cadeias e gerando empregos”.
Segundo ele, Mato Grosso pretende aumentar a produção de etanol de milho em mais de 200% no período de 5 a 6 anos. Em 2018, o Estado produziu cerca de 660 milhões de litros. Em 2019, a previsão é de algo em torno de 1.1 bilhões de litros. “Mas estimamos, em 5 ou 6 anos, chegar a 4,2 bilhões de litros”.
A construção vai demandar a contratação de 1,1 mil trabalhadores. Em operação, a expectativa é gerar cerca de 2,250 mil empregos diretos e indiretos. A indústria terá capacidade produtiva de 200 milhões de litros de etanol de milho por ano. Vai contribuir com a arrecadação anual de R$ 36 milhoes de ICMS. O empreendimento pertence a um grupo empresarial local, que atua no agronegócio, indústria frigorífica e empreendimentos urbanos.
Grãos – Mato Grosso é líder na produção do grão no país. Na safra 2017/2018 o estado produziu 26,3 milhões de toneladas de milho, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Fonte Vivian Lessa