Entre 2017 a 2018, em operações coordenadas pela Polícia Judiciária Civil, por meio de unidades especializadas da capital e interior, núcleos de inteligência das regionais e ações integradas com outras instituições de segurança, foram presos 913 criminosos, todos identificados como integrantes de facções criminosas.
No ano de 2017 foram 374 membros de facções criminosas presos e em 2018 (janeiro a novembro) já são 539 faccionados. Somados são 913 integrantes de grupos criminosos presos em ações policiais que visam neutralizar e desmantelar a criminalidade organizada.
O combate às organizações é complexo e exige esforços concentrados das forças policiais, como o compartilhamento de informações sigilosas, emprego de técnicas de inteligência e meios tecnológicos nas investigações policiais e até mesmo ação controlada na repressão qualificada das organizações criminosas.
“Houve o fortalecimento da Diretoria de Inteligência da PJC, consequentemente, intensificou a repressão qualificada no que tange aos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. A Polícia Judiciária Civil realizou grandes operações ao longo dos últimos dois anos, sendo prova de quando se investe na inteligência policial a redução dos índices criminais é proporcional”, disse.
O delegado geral destacou, ao menos, 90 grandes operações, entre as centenas desencadeadas pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso em 2018. Essas operações, muitas delas tiveram repercussão nacional e estão inseridas em mais de 2 mil ações repressivas, resultado de investigações desenvolvidas ao longo do ano.
Operação x ação
Uma operação emprega recursos especiais e efetivo diferenciado, ao contrário do que ocorre no dia a dia. Todos esses recursos utilizados em trabalhos investigativos da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, por meio de unidades especializadas como a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diretoria de Inteligência, núcleos de inteligências de delegacias do interior e capital, também resultaram em centenas de prisões em flagrante, apreensões diversas de grandes soma de dinheiro, veículos, drogas, eletrônicos, defensivos, armas de fogo, munições, produtos dos mais variados.
Ações são aquelas resultantes do trabalho ordinário das unidades policiais. São atividades concretas, fundamentadas no poder de polícia que são executadas direta e imediatamente pela administração, sem recorrer a qualquer outro poder.
Descapitalizar as organizações
A operação Red Money é uma dessas grandes investigações realizadas em 2018, voltada a descapitalizar as organizações criminosas. O trabalho visou desestruturar a base financeira de uma facção criminosa que age de dentro de presídios em Mato Grosso.
“As investigações só têm o cunho de efetividade completo quando não só prendemos e investigamos, mas também quando tiramos o poder pecuniário das organizações criminosas”, analisa o delegado geral.
Os criminosos investigados na operação eram responsáveis pela arrecadação financeira e movimentação de valores pertencentes à facção criminosa. A movimentação financeira da organização criminosa, no período de um ano e meio, chegou a cerca de R$ 52 milhões, entre entradas e saídas nas contas bancárias verificadas.
A operação é marco investigativo na Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. Em duas fases, realizadas, a primeira em agosto e a segunda em outubro, o conjunto probatório de provas levantados ao longo de mais de 15 meses de investigações indiciou 113 pessoas envolvidas com a facção criminosa.
Durante a investigação foram expedidos 110 mandados de prisão preventiva, sequestro de 23 imóveis, incluindo uma fazenda no município de Salto do Céu, apreensão de cerca de R$ 60 mil, em joias, bloqueio e sequestro de valores em contas bancárias, além de apreensão de dinheiro em espécie, atingindo a aproximadamente R$ 730 mil.
“Investigações como essa demonstram que os inquéritos policiais estão sendo conduzidos de forma mais qualificada. A eficiência dessas investigações se reflete nas prisões e na sua manutenção. Vemos claramente que as decisões são mantidas por conta das provas técnicas/robustas obtidas no decorrer desses trabalhos”, assevera o chefe da PJC, Fernando Vasco.
“Devemos fomentar isso em todas as unidades para que passem a ser uma rotina das delegacias de polícia, ou seja, fazer a investigação completa e também o afastamento do sigilo financeiro, fiscal e a recuperação dos ativos, não encerrar na prisão. Temos que avançar nesse trabalho até a recuperação de todos os valores que adquiriram em proveito do crime”, acrescentou o diretor de inteligência da PJC, Juliano Carvalho.
Operações
Fonte Assessoria