O Hospital Regional de Sinop está com interdição ética pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), desde o dia 23 de novembro de 2018, segundo relatório da entidade que o site NotíciaNet/Só Informação teve acesso com exclusividade, a unidade hospitalar não teria condições mínimas de funcionamento.
O relatório aponta ainda que houve severa queda nas internações em todas as alas do hospital por risco de falta coisas básicas como: medicamentos, insumos, sem contar os atrasos nos pagamentos para os profissionais do Hospital.
O descaso não para por ai, todas as estações de anestesias do Regional estão funcionando de forma precária, e que a direção do hospital tem conhecimento a pelo menos 6 meses do fato, porem nenhuma providência foi tomada. Até o pronto atendimento que recebe os paciente de urgência e emergência (único local que recebe pacientes) está funcionando de forma precária segundo aponta o relatório.
Durante inspeção do CRM na unidade de Ortopedia e Traumatologia havia 16 pacientes esperando por cirurgias, porem não há condições para tal procedimento uma vez que falta medicamentos, insumos e OPME.
A nossa reportagem tem relatos que paciente com mais de 65 anos estão internado desde outubro aguardando por uma cirugia no fêmur e sem previsão de que a mesma seja realizada, como ele muitos outros aguardam o procedimento. O caso está tão grave que cerca de 60 pessoas foram atendidas com pequenas fraturas com indicativo de procedimento cirúrgico, mas com a falta de condições mínimas de trabalho foi colocado uma tala no local da fratura e os pacientes foram liberados até que os serviços do Hospital Regional seja normalizado e os procedimentos possam ser feitos.
Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde o paciente está na sua maioria em estado gravíssimo, o relatório aponta a limitação por parte dos profissionais que lá trabalham, dificuldade no acesso aos exames de imagens, lentidão na entrega dos resultados de exames laboratoriais, severa limitações quanto a medicação e materiais para atendimento aos pacientes internados, colocando em risco eminente a vida dos que lá estão.
“É algo que chega a beira do caos, não sei como não fizeram nada até o momento. Eu não vejo perspectiva de melhora não estamos mais no fundo do poço estamos alem disso, vejo pessoas sofrendo, senhorzinho de idade precisando de cirurgia aqui no hospital a meses sem poder estar com o convívio com sua família porque não foi feito uma cirurgia e ainda tem o fato dos quadros se agravarem uma vez que o paciente alem de não passar pelo procedimento cirúrgico o que é gravíssimo fica aqui em condições que não são as melhores, pra não dizer precárias, tem dias que choro ao ver tanto sofrimento.” Disse um funcionário que não quis ser identificado com medo de represálias.
Pessoas que trabalham no hospital estão desmotivadas vivendo uma situação de angustia e desespero não recebem salários e sem as mínimas condições de trabalho, a Gerir alega que os problemas são ocasionados pela falta de repasses, já o governo do Estado ainda não se posicionou sobre o assunto.
Da redação Rudy Roger
Veja o Relatório do CRM na integra:
