De janeiro a setembro de 2018 as forças de segurança apreenderam 10,8 toneladas de drogas em Mato Grosso. O montante apreendido é um recorde e representa 29% a mais que o mesmo período de 2017, quando foram retiradas de circulação 8,4 toneladas de maconha, pasta base, cocaína e crack. Os dados são da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
Se comparar os resultados dos nove primeiros meses de 2014, o salto é ainda maior e chega aos 333%. A maconha continua no topo das mais apreendidas com 5,9 toneladas, seguida pela cocaína com 3,1 toneladas só neste ano. O aumento foi de 27% e 91%, respectivamente.
Outros tipos de drogas como a base e o crack aparecem logo abaixo com 1,6 toneladas e 1,379 quilos, respectivamente, retirados das ruas em todo o estado.
De janeiro ao dia 10 de outubro os entorpecentes apreendidos na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia superaram em 31% os números de todo ano de 2017. Neste ano, o Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron) apreendeu 3,9 toneladas contra 3,041 toneladas do ano anterior.
Investigação e repressão
Para o secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia, o fortalecimento das atividades de enfrentamento ao tráfico de drogas resultaram nesses índices. “Nós buscamos fortalecer o enfrentamento ao tráfico de drogas dentro do nosso plano operacional. Isso se trata de uma política pública que buscava também, a partir desse enfrentamento, reduzir índices de homicídios, roubo e outros que têm conexão com o tráfico de drogas. Com esse planejamento, focado no enfrentamento tanto no tráfico doméstico quanto no de fronteira, nós conseguimos esse resultado que é um recorde na atividade da segurança pública”, explicou.
O secretário também destacou os trabalhos de investigações que possibilitam descapitalizar o traficante de drogas. “Através do trabalho de investigação e do uso de recursos que são provenientes dessas atividades ilícitas, nós estamos conseguindo descapitalizar as associações de tráfico de drogas. Ou seja, os recursos que vem dessas atividades ilegais estão voltando para os cofres da segurança pública”, disse.
Exemplo disso é uma aeronave apreendida em março deste ano com 350 quilos de drogas em uma ação do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Gefron e Polícia Federal (PF). O avião foi destinado a ser utilizado em operações do Ciopaer pela Justiça Federal de Itaituba (PA), cidade onde a aeronave foi interceptada.
Fonte Assessoria
