Neste momento, agentes do Gaeco estão na sede da Secretaria de Saúde do Estado. Os servidores da pasta estão impedidos de entrar no local para cumprir expediente até o cumprimento integral dos mandados.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, promotor de Justiça Mauro Zaque, o objetivo da operação é apurar “fatos graves na execução do contrato da Caravana da Transformação no tocante aos serviços de oftalmologia”. Os mandados de busca e apreensão foram deferidos pela juíza Célia Vidotti em ação cautelar proposta pelo MPMT e não existem prisões decretadas.
Segundo as informações, o contrato com a empresa investigada é de R$ 50 milhões. Deste montante, o Estado já pagou R$ 44 milhões.
A magistrada também acatou o pedido do MPE e determinou a suspensão do contrato e o pagamento de quaisquer valores à empresa responsável pelos serviços de oftalmologia. Foi decretada ainda a indisponibilidade de bens do secretário do Estado de Saúde, Luís Soares, e do proprietário da empresa.
Na tarde desta segunda-feira, o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público colherá depoimentos de pessoas envolvidas no caso. O oficial de Justiça esteve na manhã desta segunda-feira (03) notificando a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) sobre a decisão da suspensão do contrato.
CARAVANA DA TRANSFORMAÇÃO
A Caravana da Transformação é um dos “carros chefes” da gestão do governador e candidato a reeleição Pedro Taques (PSDB). Desde 2016, foram realizadas 14 edições da Caravana, que tem como principal ação a realização de cirurgias oftalmológicas em pacientes. Segundo dados do Governo do Estado, nas 14 edições, foram realizadas cerca de 70 mil cirurgias.
Fonte Folhamax