A coleta foi realizada um dia antes da professora morrer, em 14 de abril, às 13h30min. O resultado, divulgado hoje, confirma a morte por influenza A H1N1.
A diretora do HRS, Luciele Benin, informou que os familiares da professora – internados após quadro gripal – já tiveram alta. “O último saiu no dia 18 e todos se encontram bem. Os exames estão em processamento na capital e todas as precauções são tomadas com todos os pacientes. O que pedimos encarecidamente à população é que reforce a lavagem das mãos e mantenha a etiqueta respiratória, ao tossir e espirrar cobrir a boca e nariz”.
O secretário de saúde, Devanil Barbosa, frisou que todos os profissionais de saúde obtiveram orientações repassadas por um infectologista para reforçar o trabalho nas unidades de saúde. “Agora seremos mais firmes em buscar soluções junto ao Estado para os grupos de riscos. Precisamos obter, junto ao Ministério da Saúde, a liberação de vacinas para a cobertura de 14 mil pessoas”.
Para isso, o secretário e o prefeito, Ari Lafin, devem ir a Cuiabá, amanhã, para tentar obter mais doses da vacina contra a gripe, já que o quantitativo enviado se esgotou um dia após iniciada a 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza em todo o país.
O Ministério da Saúde informou à Secretaria Municipal de Sorriso que o segundo lote deve ser enviado na próxima semana. Porém, não foi definido o dia exato.
A campanha tem foco imunizar as pessoas que fazem parte do grupo prioritário: idosos a partir de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, trabalhadores da saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional. Pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais também devem receber a dose.
Morte rápida
A professora Camila chegou ao HRS no dia 13 de abril transferida de um hospital particular da cidade, com história pregressa de gripe e com quadro grave de insuficiência respiratória, entubada e dependente deventilação mecânica.
A professora ficou internada no box de emergência, onde foi tratada com antibióticos de largo espectro e antiviral, mas não resistiu à doença.
As amostras coletadas da professora e enviadas para exames clínicos em Cuiabá foram feitas porque o quadro da doença evoluiu rapidamente e a paciente morreu com insuficiência respiratória.
Outra morte confirmada
A Prefeitura de Tangará da Serra também confirmou que a paciente de 36 anos que morreu no dia 8 de abril foi vítima do vírus da influenza.
Outra paciente – cujo nome não foi revelado – morreu com suspeita do vírus influenza no Pronto-Socorro de Várzea Grande no último fim de semana.
Casos suspeitos em MT
A responsável técnica da Vigilância Epidemiológica, Juliana Herrero, informou, nesta semana, que ainda há outros 3 casos sob suspeita de infestação do vírus, que é subdividido em H1N1, H3N2 e H5N4. “Dois pacientes já tiveram alta e no momento estamos com 2 pacientes internados que, inclusive, já completaram o ciclo do tratamento e saíram do isolamento”.
Em todos os casos sob suspeitas, as equipes coletam materiais nos pacientes e enviam ao laboratório do Estado para realização de exames para confirmar ou descartar o vírus influenza. Os resultados demoram até 30 dias para ficar prontos.
Fonte – Portal Sorriso MT