Preocupada e em alusão ao dia mundial de combate à doença, comemorado em 24 de março, a Secretaria de Estado de Saúde (Ses/MT) alerta para importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da tuberculose.
De acordo com dados da Ses/MT, o município de Peixoto de Azevedo tem a maior incidência que corresponde a 123,1 por 100.000 habitantes. A população indígena da região é a mais vulnerável à doença. A população indígena representa 7% da população vulnerável, seguida das pessoas privadas de liberdade que representa 12%. Os moradores de rua e os profissionais de saúde correspondem cerca de 2% do total de casos notificados.
A Vigilância Epidemiológica do órgão estadual aponta ainda para a existência de 34 cidades com incidência acima da média do país, com 37 municípios silenciosos, ou seja, sem registro de caso no ano de 2017, sendo que o Estado é endêmico para a doença.
Com relação a faixa etária dos pacientes cadastrados essa se divide em 49 casos que representa 4,0% do total de casos em menor de 15 anos e em maior de 15 anos 1.158 que representa 92,7% do total de notificações no Sistema Nacional de Registros de Agravos de Notificação Compulsória (Sina/Ses), em 2017.
Da área técnica da tuberculose da Ses/MT, Lúcia Dias, reforça que a prevenção é realizada ao nascer com a vacina BCG para crianças menores de um ano e com até quatro anos e onze meses e vinte e nove dias de vida.
O diagnóstico e tratamento da tuberculose também é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na rede municipal de saúde, e dura seis meses. “Esses medicamentos não são vendidos em farmácias particulares e o tratamento não é feito em unidades de saúde particulares”.
De acordo com dados do Sinan, Mato Grosso apresenta uma cura de 61,0%, quando o previsto é de 85%. Já o índice de abandono do tratamento também é preocupante: 8,2%. Neste caso, o aceitável é 5% e a quantidade de pessoas que morreram por causa da doença é de 2,7%, ou seja, 34 pessoas que tiveram um diagnóstico tardio da tuberculose, não conseguindo reverter o quadro.
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