Movimentos sociais de Mato Grosso estão organizando atividades para marcar o mês de março, principalmente o dia 8, que é o Dia Internacional da Mulher, e,este ano, já está definido que vão denunciar os feminicídios.
No Estado, somente nestes 2 primeiros meses do ano, 12 mulheres já foram assassinadas na capital e no interior, por maridos, namorados ou ex insatisfeitos com o fim do relacionamento. Os casos envolvem tiro, facada, asfixia, paulada e degola. São crimes violentos e praticados por motivo fútil.
O último feminicídio registrado aconteceu na quarta-feira (28 de fevereiro). Uma mulher de 49 anos levou uma facada na perna, durante discussão com o marido, em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá).
“Já esProfessora de Serviço Social da Universidade Federal de Mato Grosso, Qelli Rocha, explica que a agenda ainda está sendo fechada mas que no dia 8 haverá movimentação na praça Alencastro, no Centro de Cuiabá, porque os crimes estão acontecendo em série e de forma muito preocupante.
Ecrevemos um manifesto, denunciando que de 12 assassinatos somente 1 acusado está preso, isso dá uma sensação de impunidade e naturaliza os feminicídios em Mato Grosso”, comenta Qelli.
Ela diz ainda que haverá protestos também em Cáceres e Sinop, além de na Capital e em Várzea Grande.
Reuniões de organização dos atos estão sendo realizadas desde a semana passada no auditório da Adufmat, no campus de Cuiabá.
“Não queremos flor, exigimos respeito” é uma campanha que vai somar na Alencastro na data da mulher.
“Estaremos na praça a partir 8h e, em espaço público, diversas mulheres agredidas vão relatar o que passaram e passam”, diz Diva, do grupo de mulheres do Partido Verde. “Chega de tanta violência”.
