De acordo com o presidente do órgão, Guilherme Nolasco, a baixa inadimplência é resultado de incessantes trabalhos de divulgadação, educação sanitária, fiscalização e apoio de produtores rurais junto a entidades representativas como a Sindicato Rural, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Fundo Emergencial de Saúde Animal (Fesa).
Ele explica que a campanha se estendeu a todos os 141 municípios do Estado, incluindo as propriedades no baixo Pantanal Mato-Grossense. Neste cenário, os estabelecimentos onde o procedimento não foi realizado têm o comum o porte, já que, na maioria dos casos, são sítios ou assentamentos, onde os proprietários tem menos acesso a informação ou outras dificuldades. “A partir de agora todos esses inadimplentes são visitados e autuados, para fazer a vacina de forma oficial.”
Foram realizadas vacinações oficiais em 3037 propriedades rurais, ocasião em que os animais são vistoriados para a verificação da sanidade. Cáceres, a 240 km da Capital, é o município com o melhor índice, tendo chegado a marca de 99,96% do rebanho imunizado. A baixada cuiabana, por sua vez, detém a última colocação, com 99,58 % de alcance da campanha.
A vigilância veterinária constante confere segurança da ocorrência ou não de doenças infectocontagiosas de interesse para a Defesa Sanitária Animal. O Indea reforça que o último caso de aftosa no Estado foi registrado em 1966 e que o território é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como livre da febre aftosa com vacinação.
Com relação ao mercado e ao número de abates em 2017, Nolasco lembrou as dificuldades enfrentadas no primeiro semestre, com o escândalo da operação Carne Fraca. A partir de julho, contudo, houve uma retomada de mais de 350 mil cabeças abatidas, média superior ao mesmo período em 2016. A redução do ICMS e a abertura de novas plantas frigoríficas contribuiu para uma melhora no setor.
Desde o último ano as etapas de vacinação contra febre aftosa passaram a ser executadas de forma inversa. Na primeira, que compreendeu o período de 1º a 31 de maio, foi obrigatória a imunização de todos os bovinos e bubalinos, de mamando a caducando, com exceção dos animais do baixo pantanal mato-grossense. A vacinação começou em novembro e seguiu até o dia 15 de dezembro.
Fonte – OlharDireto